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1 em 30 milhões: sacos de milho e caminhoneiro são-paulino infiltraram corinthiano maluco na Arena

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Parte da carga que o corinthiano teve de descarregar para entrar infiltrado na Arena

Parte da carga que o corinthiano teve de descarregar para entrar infiltrado na Arena

Arquivo pessoal

Um caminhoneiro são-paulino, dezenas de sacos de milho e um torcedor infiltrado realizando o sonho de conhecer a Arena Corinthians. Protagonizando essa combinação aparentemente sem nenhum sentido, o corinthiano Bruno Robles Paschoal fez valer a alcunha de "louco" pelo Timão.

A maluquice data de janeiro de 2015, quando o tour da Arena Corinthians ainda não havia sido inaugurado. Bruno, hoje com 29 anos e morador de São José do Rio Preto, a mais de 450 quilômetros de distância da capital paulista, aproveitou uma rara viagem a São Paulo para estreitar seus laços com o Timão.

"Um pouco cara de pau", resumiu, antes de dar início à história:

"Foi totalmente despretensioso. Fui para São Paulo porque estava participando de um processo seletivo da Polícia Civil como desenhista técnico pericial, tinha de entregar documentos. Eu ficaria a tarde toda livre, fui de ônibus, cheguei às 6h e meu ônibus só sairia às 18h", explicou, em entrevista ao Meu Timão.

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Já ciente de que ficaria um bom tempo perambulando pela cidade, Bruno havia se programado para conhecer o Parque São Jorge. E assim o fez, com destaque para a visita ao memorial do clube. "Ver as taças todas ali... Foi lindo demais", descreveu.

Ao perceber que ainda tinha tempo livre, Bruno decidiu pegar a linha vermelha do metrô rumo a Itaquera. E um princípio de "maluquice" já foi visto logo em sua aproximação à Arena, quando decidiu descer uma estação antes do necessário - Artur Alvim.

"Quis ver o estádio já de longe, se aproximando, queria chegar andando lá na Arena. Ver o monumento, né? Ficando cada vez maior... Fui subindo lá a avenida, meu coração começou a disparar, vontade de gritar 'vai, Corinthians' no meio da rua, mas iriam me achar meio louco, né, era um dia de semana", contou, entre risos.

Quando chegou ao tão sonhado destino, não poupou esforços: deu uma volta inteira no terreno de quase 200 mil metros quadrados e, ao fim da caminhada, tentou em vão convencer um segurança a deixá-lo conhecer a parte interna do estádio. Ao ser educadamente mandado embora pelo guarda, se afastou de um dos portões localizados na Radial Leste e iniciou, cabisbaixo, aquilo que seria uma caminhada de volta ao metrô. Seria.

Enquanto ainda se afastava da entrada da Arena, foi abordado por um caminhoneiro perdido. O sujeito viu Bruno saindo do estádio e deduziu que o corinthiano poderia ajudá-lo. "Você sabe onde descarrega aqui no estádio?", perguntou o motorista, que mais tarde se identificaria como torcedor do São Paulo.

"Eu falei que sabia", revelou Bruno, dando risadas nem um pouco arrependidas. "Ofereci ajuda, ele aceitou mas já avisou que não conseguiria me pagar. Aí eu falei que só queria conhecer a Arena. Ele topou."

Infiltrado nos bastidores do estádio, conseguiu acesso a uma das praças de alimentação, aos banheiros e a parte das arquibancadas. "Conheci tudo que deu e depois ele falou: 'Bom, agora você vai precisar trabalhar'. Aí ele abriu o caminhão e vi aqueles sacos de 25 kg de milho. E lá se foram uns 40 minutos descendo a sacaiada", recordou.

Foto tirada por Bruno dá dimensão do quão perto chegou do gramado

Foto tirada por Bruno dá dimensão do quão perto chegou do gramado

Arquivo pessoal

Antes mesmo de tomar seu ônibus de volta ao interior, Bruno já havia dado jeito de compartilhar com os amigos - corinthianos ou não - a aventura que acabara de viver. "Eu fiz as fotos, vídeos, tudo... Depois que eu saí de lá, a primeira coisa que fiz foi mandar tudo para a galera lá de São José do Rio Preto. Eles me zoaram pra caramba, falaram que isso sim era ser corinthiano. A família da minha namorada é inteira palmeirense, ficaram enchendo o saco, falando que eu tinha que arrumar o que fazer. Mas foi uma repercussão legal."

De pamonha, Bruno não teve nada. Infiltrado como entregador de milho, o louco corinthiano adentrou o hospício.

De volta à realidade

As atividades ligadas à distribuição de cereais em Itaquera não duraram mais do que um dia. Assim, o realizado corinthiano rapidamente voltou à rotina de projetista mecânico no interior paulista. E foi lá de São José do Rio Preto, na conversa por telefone com o Meu Timão, que Bruno discorreu sobre seus novos sonhos relacionados ao Timão. E aproveitou para fazer um pedido à alta cúpula de um dos mais populares clubes de futebol do planeta:

"Não sei se me considero fanático, acho difícil se dizer fanático morando longe de São Paulo. Eu gostaria muito de estar mais perto do Corinthians", começou.

"A gente tem um Fiel Torcedor que não é utilizado. São 30 milhões de corinthianos pelo Brasil todo e não tem nada que dê oportunidade aos torcedores que moram longe conhecerem a Arena, o memorial... Poderiam criar um jeito de facilitar a ida desses torcedores ao clube, ao estádio. Estamos acostumados a ver pela televisão, mas assistir no estádio é outra coisa, totalmente diferente, se eu morasse em São Paulo não perderia um jogo sequer. A sensação é diferente, você abraçar quem está do seu lado que você nem conhece, querer gritar do começo ao fim, isso é ser Corinthians, é representar o Corinthians, é ter no sangue o Corinthians", finalizou.

Bruno feliz da vida em sua

Bruno feliz da vida em sua 'invasão' à Arena Corinthians

Arquivo pessoal

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