Crise da Roma (ITA) pode ajudar saída de Adriano em janeiro de 2011
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A presidente da Roma, Rosella Sensi, contratou Adriano em maio deste ano e já afirmou que não vai liberá-lo por empréstimo em janeiro de 2011. No entanto, devido às dificuldades econômicas e político-administrativas do clube, sua própria situação está indefinida.
A Roma é gerida como sociedade anônima e tem dívidas estimadas em 150 milhões de euros (cerca de R$ 332,7 milhões). Desde junho, a presidente negocia a venda de parte de suas ações para amenizar as finanças. Rosella é uma das filhas de Francesco Sensi, que foi o proprietário e presidente da Roma de 1993 (quando tornou-se um clube-empresa) a agosto de 2008, época em que faleceu por problemas respiratórios.
Rosella foi nomeada a nova presidente, mas o Grupo Italpetroli, empresa dos Sensi, já detinha uma pequena porcentagem das ações. Hoje, o Banco Unicredit é o cotista majoritário e briga na Justiça italiana pelo controle administrativo do clube.
A situação financeira se reflete no elenco. Na última quarta-feira, no Rio de Janeiro, Adriano admitiu que estava com alguns salários atrasados. Ele recebe 3 milhões de euros (cerca de R$ 6,7 milhões) líquidos por temporada e só atuou em cinco oportunidades, de maio a dezembro.
Por um lado, Rosella deseja contar com Adriano, pois teme maior pressão da torcida ao mostrar que a equipe também está enfraquecendo. Por outro, seria bom compensar o prejuízo com um jogador que tem mau relacionamento com o técnico Claudio Ranieri e é reserva. Como o LANCENET! revelou, o clube espera receber cerca de R$ 3 milhões, valor das luvas que pagou para contratá-lo do Flamengo.
Com a Palavra: Enzo Palladini, repórter da rede italiana Mediaset
"Acredito que a ida de Adriano para o Corinthians ainda é bem possível. Ele não jogou muito e não compensou o alto investimento. Se insistir, disser que quer jogar no Brasil de qualquer jeito, a Rosella Sensi vai deixar.
Ela teme perder um jogador como ele porque acredita que o bom desempenho do time, principalmente na Liga dos Campeões, possa ajudar a amenizar a situação financeira do clube.
Não vejo o porquê de uma administração querer contar com um jogador caro, que tem sido reserva do ataque e que sempre desejou sair, se isso seria uma coisa economicamente muito boa.
A Roma (ITA) tem uma dívida hoje estimada em 150 milhões de euros e busca a venda das ações para um grupo norte-americano, do empresário Gianpaolo Angelucci. Mas acho que isso só deve ser concluído em março, abril. Será preciso examinar todas as contas para alguém assumir as ações do clube. É um clube muito endividado e acho difícil que alguém queira comprá-lo sem fazer um estudo profundo.
Nesse sentido, não deve haver mudança na administração dos Sensi, a não ser pela briga judicial que eles travam com o Banco Unicredit, cotista majoritário. Nos últimos anos, a família Sensi sempre administrou a Roma sem interferências externas, mas agora isso começou a mudar.
Hoje, a Rosella não é a dona da Roma. Sua empresa atualmente tem apenas uma pequena parcela das ações do clube e ela recebe um salário para gerí-lo. Não há eleições, pois o presidente é uma escolha dos acionistas"
Enviado por: Rodrigo Souza