Previsibilidade de Tite põe em risco favoritismo do Timão
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Errar é humano, repetir o erro é burrice, diz o dito popular. É exatamente o que se passa com o técnico corintiano, que se revela totalmente previsível, incapaz de surpreender os adversários, e desconhecedor da palavra ousadia. O Corinthians, que tem a tabela mais privilegiada do Brasileirão/11, e por isso ainda é o favorito ao título, encontra-se amarrado, e embolado nas limitações do seu comandante. Para piorar, decidiu rebaixar o consagrado zagueiro Chicão, e o time é quem está pagando por isso.
Assim foi no jogo em que perdeu a invencibilidade contra o Cruzeiro. O ferrolho imposto por Joel Santana, então técnico da Raposa, não deu chances ao Corinthians. O Timão vinha jogando num esquema que funcionava, mas que já vinha sendo estudada pelos adversários, além de estar demonstrando certo esgotamento, e assim, o time foi presa fácil para o matreiro Joel; não ocorreu ao Tite realizar, antes, uma alteração que pudesse inovar,e fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Perdeu, e se desestabilizou no certame.
A boa vitória contra o pequeno Atlético-GO, no domingo passado, e a reconquista da liderança cegaram o técnico corintiano, e bingo! Ele entrou com o mesmo time, o mesmo esquema, esquecendo-se de que o adversário era o perigoso Botafogo, de Caio Jr, time que joga um campeonato acima das suas tradições recentes, e que é instável (já levou uma sacolada de 5X0, do Coxa nesse Brasileirão).
O técnico poderia ter surpreendido, realizado uma surpresa, algo diferente contra Caio Jr.; poderia, por exemplo, ter entrado com Chicão, uma espécie de zagueiro/volante, no lugar do frágil Moradei. Mas, não. O mesmo time da rodada anterior, e que no primeiro tempo foi engolido pelo Botafogo, enquanto Chicão assistia a tudo do banco, pela teimosia e empáfia do técnico, soberano da verdade. A única, e boa, desculpa para o treinador foram os insuportáveis desfalques de Ralf, Liédson, e Sheik, e qual equipe resistiria a tamanhas baixas? Uma que tivesse outro técnico, talvez.
De qualquer forma, Tite precisa urgentemente de orientação de amigos; arrumar um auxiliar técnico, estilo Murtosa, para ele; ou saber ouvir as críticas, e reagir, não com nhém-nhém-nhém, mas surpreendendo em campo. Assim, a única verdadeira ameaça ao favoritismo corintiano responde pelo nome de Tite, o previsível.
Fonte: Roda de Corinthianos
Enviado por: Dirceu Felipe de Barros