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Poucos jogos, muitas curiosidades: conheça a história de Timão x Boca

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Adversários na final da Taça Libertadores da América de 2012, Corinthians e Boca Juniors-ARG, dois dos mais tradicionais clubes da América do Sul, não têm um longo histórico de confrontos. Mesmo assim, pode-se dizer que o clube argentino é uma “pedra no sapato” do Timão: em onze encontros, o Alvinegro acumula três vitórias, três empates e cinco derrotas. Nas duas vezes em que se enfrentaram por competições continentais, o Boca levou a melhor. Uma delas, inclusive, pela própria Libertadores, em 1991.

O primeiro duelo foi no dia 10 de fevereiro de 1935, em amistoso realizado no Parque São Jorge. Na oportunidade, o Boca Juniors literalmente fugiu do jogo: vivendo temporada de recuperação e valendo-se do então recém-contratado Teleco (um dos maiores artilheiros da história do Corinthians, com 254 gols marcados em 266 jogos) , o Timão abriu vantagem de 2 a 0 no placar, ainda no primeiro tempo. Quando o árbitro José Alexandrino marcou um pênalti a favor dos alvinegros, os argentinos impediram a cobrança, abandonando o gramado aos 20 minutos da etapa complementar.

Em excursão pelo Brasil, o Boca havia goleado o Botafogo por 4 a 0 e o São Cristóvão por 6 a 1. A equipe argentina também empatou com Vasco e Palestra Itália, mas teve a invencibilidade quebrada na capital paulista. Uma semana depois, o Corinthians seria derrotado por um de seus piores algozes da história, o River Plate, por 3 a 1, também no Parque São Jorge.

O reencontro entre as equipes seria somente 12 anos mais tarde. Também em amistoso na cidade de São Paulo, em janeiro de 1947, dessa vez realizado no estádio do Pacaembu, o Boca Juniors goleou o Corinthians por 6 a 2, com destaque para os atacantes Mario Boyé e Pío Corcuera, que marcaram, respectivamente, três e dois tentos a favor dos “hermanos”.

A final que nunca aconteceu
No ano de 1956, Corinthians e Boca Juniors chegaram à decisão da Copa do Atlântico de clubes sul-americanos, um torneio de caráter amistoso realizado no continente, com clubes argentinos, uruguaios e brasileiros. Participaram, além do Timão e dos xeneizes, River Plate, Racing, Lanús, San Lorenzo, Santos, São Paulo, Fluminense, América-RJ, Nacional, Peñarol, Defensor, Danubio e Wanderers.

Após bater o uruguaio Danubio, além dos arquirrivais Santos e São Paulo, o Timão faria sua primeira final continental contra o Boca. No entanto, por falta de datas, as duas equipes não disputaram os jogos e não houve campeão. A Libertadores da América ainda não existia na época, e seria criada somente quatro anos depois, em 1960

Após enfrentar os xeneizes (apelido do time argentino) quatro vezes em território nacional, o clube de Parque São Jorge viajou ao temido estádio Alberto J. Armando, palco do primeiro jogo da final da Libertadores de 2012 e mais conhecido como La Bombonera, em 1961. As lembranças não podem ser melhores: em jogo cheio de gols, válido pelo Torneio Octogonal de Verão, o Corinthians venceu o Boca por 4 a 3.

Curiosamente, quem anotou o tento da vitória corintiana, aos 33 minutos do segundo tempo, é xará de um dos maiores destaques do atual elenco: Paulinho. Ele balançou as redes três vezes naquela partida (já havia marcado aos cinco da etapa inicial e aos onze da complementar). Do lado argentino, o brasileiro Paulinho Valentim marcou de pênalti, mas não conseguiu evitar a derrota azul-dourada.

Aquele ano ficou conhecido como o do “Faz-me rir” para os alvinegros. Título de uma música da cantora Edith Veiga, a canção tornou-se motivo de piada para os rivais, refletindo a péssima campanha no Campeonato Paulista, no qual 27 jogadores e dois técnicos foram utilizados.

Duas eliminações e 51 anos de jejum
A vitória histórica na casa azul-dourada seria a última da história do Corinthians sobre o Boca Juniors. Nas seis partidas seguintes, quatro vitórias do argentinos e dois empates. A primeira “para valer” pela Taça Libertadores da América de 1991. Após vencerem por 3 a 1 na Bombonera, com destaque para a atuação do atacante Gabriel Batistuta, que marcou duas vezes, os xeneizes seguraram o empate por 1 a 1 no Morumbi para avançar às quartas de final da competição.

O zagueiro Guinei ficou marcado como o vilão corintiano. Até hoje ele é lembrado por ter perdido a bola para Graciani na lateral-esquerda do campo, logo no início da partida, em lance que resultaria no “gol da eliminação”. Paulo Sérgio igualou o marcador na reta final do segundo tempo, mas já era tarde.

Quase uma década depois, a mesma história... Vingança à vista?

A campanha do Corinthians na Copa Mercosul de 2000 foi um desastre. Eliminado na primeira fase, o time acumulou dois empates e quatro derrotas, em jogos de ida e volta contra Boca Juniors, Nacional-URU e Olímpia-PAR. Os encontros com a equipe argentina foram praticamente uma repetição de 1991: derrota por 3 a 0 na Bombonera e empate por 2 a 2 em São Paulo.

Hoje, a situação é diferente. Dono da melhor defesa da história da Taça Libertadores, com três gols sofridos em doze jogos, o Timão colocará a prova sua consistência no alçapão argentino. E enfrentará um adversário com estilo de jogo semelhante ao seu, caracterizado pelo alto número de desarmes. Quem levará a melhor? A resposta terá duração de 180 minutos, divididos igualmente entre os dias 27 de junho e 4 de julho.

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