Titular do Corinthians contra o Santos, o atacante Romarinho, que vem se destacando no Timão pelos gols de letra, pede para evitar as palavras. Dos cinco gols anotados pelo clube, dois foram usando o recurso de empurrar a bola com o lado de dentro da chuteira, quase de costas para a meta. Jogada bonita, que já o faz ser reconhecido. As mais de 50 crianças que foram ao CT do Parque Ecológico na sexta-feira, como parte do programa Criança Esperança, enlouqueceram quando viram o atacante. “Romarinho!”, começaram a gritar, até o ídolo se aproximar para dar autógrafos e posar para fotos.

Ele só não quis falar nada com a imprensa...
É medo de Tite. Na última vez em que deu entrevista, o atacante fez uma brincadeira. Quando perguntado sobre a diferença em relação ao Bragantino, respondeu que a vida, agora, é mais doce. É cobiçado pelas mulheres. O treinador não gostou da declaração.

Cabeludo/ Romarinho é carismático. Chegou ao Parque São Jorge e fez um gol na final da Libertadores, diante do Boca Juniors, em La Bombonera. Comemorou com naturalidade, como se tivesse balançado a rede da Rua Javari. Decidiu o clássico contra o Palmeiras e, para completar, tem o visual da vasta cabeleira. Chama a atenção.

No encontro com as crianças, ouviu pedidos de gols hoje, contra o Santos. Respondeu que não sabia, até então, se iria jogar. Mas era óbvio que sim. Como Tite ainda não pode contar com Emerson, lesionado, o adocicado atacante é a principal opção para a parceria com o peruano Paolo Guerrero.

Os dois serão os escolhidos para o confronto na Vila. Ele foi o último homem de frente do elenco a conseguir fazer um gol, aliás. Aconteceu diante do Coritiba, no Couto Pereira. De letra, claro. Desde o título da Libertadores, só ele e Liedson conseguiram isso e este último já até saiu do Parque São Jorge.

Quem sabe com um gol no clássico, Romarinho não seja liberado para soltar a letra também fora de campo?

Fonte: Diário de São Paulo