Com credibilidade em alta, o Corinthians mira reforços de peso para a temporada
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Virou moda nos últimos anos dizer que o futebol brasileiro vive uma nova realidade. E essa mudança no principal esporte nacional leva ao surgimento de grandes aspirações entre as equipes do Campeonato Brasileiro. Tirar dois atletas do Milan é só a última delas. Depois de o Flamengo sondar território, buscar apoio e caçar patrocínios para tentar bancar a chegada de Robinho ao custo de R$ 27,5 milhões exigidos pelo clube italiano, o Corinthians também resolveu sonhar, e com a mão no próprio bolso. O time de Parque São Jorge ofereceu R$ 41,3 milhões por metade dos direitos econômicos de Alexandre Pato. Ao mesmo tempo, planeja uma proposta para a difícil missão de tirar o zagueiro Dedé do Vasco.
Embalada pelo título mundial conquistado no domingo, a torcida corintiana já recebeu o primeiro presente de Natal, Renato Augusto, e confia em mais reforços. Atravessada a ponte-aérea para o Rio de Janeiro, o panorama muda bastante. “Da situação que o Flamengo vem, eu me sinto assim: um gordinho, baixinho, meio careca cantando a Gisele Bündchen”, brincou o futuro vice-presidente de Planejamento e Marketing da equipe carioca, Luiz Eduardo Baptista, em entrevista ao site Globo Esporte. Ele vai assumir o cargo no próximo mês e, para ilustrar o momento de baixa do rubro-negro, o dirigente citou o caso do zagueiro Juan, cria da Gávea que aceitou uma proposta do Inter, em julho, ao voltar para o futebol brasileiro.
Na busca por contratações de peso, Corinthians e Flamengo estão em pontos extremos. Para manter Gisele Bündchen como exemplo, seria como se a top model brasileira fosse cortejada, ao mesmo tempo, pelo ator Danny DeVito — 55kg distribuídos em 1,52m de altura — e pelo jogador de futebol americano Tom Brady — 102kg e 1,93m, e, por sinal, já casado com a top. O tricampeão da NFL — a liga norte-americana de futebol — certamente largaria na frente.
E o mercado tem mostrado que nem é preciso ser necessariamente o quarterback do New England Patriots para levar a melhor sobre o Flamengo. Ao contrário das probabilidades da vida real, no entanto, DeVito pode se dar bem algum dia, antes mesmo do que ele próprio espera. “O futebol é cíclico”, lembra Fábio Wolff, professor de gestão e marketing esportivo da Trevisan Escola de Negócios. “Quando o Corinthians estava na segunda divisão brasileira (em 2008), tinha a marca estampada mais em páginas policiais do que nas esportivas. Não foram precisos nem cinco anos para o time se recuperar”, recorda.
Para conseguir o coração de uma das modelos mais bonitas do mundo, o Danny DeVito do futebol brasileiro terá de apostar na profissionalização da administração. “A marca do Flamengo tem muitos atributos. O que o clube precisa agora é de uma gestão profissional que tenha um foco em curto prazo, de sanar problemas internos; e em longo prazo, de tornar a marca forte como a equipe merece”, acredita Wolff. Quando o clube estiver de novo em alta, mais jogadores vão querer vestir a camisa rubro-negra. E, quem sabe, dar a felicidade ao baixinho, gordinho, meio careca.
Fonte: Super Esportes