A situação de Pato
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Muitos corintianos _e não corintianos também_ questionam a contratação de Pato pelo Timão, dizendo que o jogador estaria ou pode estar “bichado”. Não está. Pelo menos foi o que o Corinthians escutou de diferentes médicos e fisiologistas que tiveram contato com o ex-jogador do Milan.
Antes de acertar contrato com Alexandre Pato, o clube paulista conversou com dois médicos do time italiano, contratou o serviço de uma clínica de ponta em medicina esportiva localizada em Turim, que fez um relatório independente segundo o qual o jogador não apresenta lesão crônica, e ainda ouviu a opinião de José Luís Runco, que trabalhou com o atleta na seleção brasileira.
Para completar, o fisiologista Turíbio Leite de Barros, que pôde examinar Pato antes e depois da disputa dos Jogos de Londres, e o brasileiro Leonardo, diretor do Paris Saint-Germain e com bom trânsito no departamento médico do Milan, também ajudaram no aval à contratação, atestando que o atacante não está “bichado”, como andam especulando leigos aqui e acolá.
No Brasil, Pato fará um trabalho de recuperação física personalizado, com provável consultoria de Joaquim Grava e Moisés Cohen, ambos especialistas em medicina esportiva, e participação de Turíbio Leite de Barros.
A meu ver o Corinthians acertou em cheio ao trazer o atacante, pagando 40,5 milhões de reais, valor considerado baixo pelo mercado europeu. Além de ser um bom jogador, que quer recuperar a forma e voltar às grandes atuações que o levaram a Milão, cavando um lugar na seleção brasileira, Pato tem carisma e é um ótimo produto de marketing. O setor responsável por contratos comerciais no Timão já está vendo campanhas publicitárias para o jogador, que podem ajudar a recuperar parte do dinheiro investido no atleta e o próprio salário do atacante.
A aposta é dos dois lados. Para defender o Corinthians Pato aceitou receber 400 mil reais por mês, menos da metade do que ganhava na Itália, além de ter aberto mão das luvas. E o clube contratou o jogador não apenas pelo nome e pelo status, mas acreditando que ele pode, sim, recuperar o futebol que já jogou um dia e engatar uma sequência de jogos. Até porque, acreditem ou não, os clubes de ponta do Brasil têm um departamento médico muitas vezes melhor do que os europeus. E o do Milan, por melhor que fosse a estrutura do clube, não anda lá estas coisas.
Fonte: Lancenet