Desde quando deixou o time juvenil do Corinthians para treinar entre os profissionais, Renato, 19 anos, é tido como um jogador que pode render muitos lucros ao clube em uma futura venda. Mas Mano Menezes nem cogita a transferência do zagueiro em definitivo. Neste sábado, escala o garoto pela primeira vez em meio à principal formação para analisar se ele tem condições de estar no grupo que atuará no centenário do clube, em 2010.

"Não estamos pensando em venda ainda, mas no aproveitamento dele como profissional no Corinthians. Temos que continuar o analisando em termos de formação de grupo, para lhe dar continuidade e entendermos que é um dos zagueiros que podemos contar", explicou o treinador, que teve em Renato a única possibilidade para fazer dupla com Paulo André, já que William cumpre suspensão e Diego e Chicão estão machucados.

O camisa 13, no entanto, não encara o duelo contra o Atlético-PR como um teste. O garoto de 19 anos está certo de que o chefe já o conhece e até recorda-se que foi bem nos cinco jogos que realizou como profissional - sempre quando Mano optou por poupar seus principais jogadores visando a Copa do Brasil.

"Ele já sabe como trabalho porque me acompanhou o ano inteiro. E, apesar de não ter sido uma vitória, fui bem contra o Santos, fiz gol (derrota por 3 a 1 na Vila Belmiro, no primeiro turno do Brasileiro de 2009). Por isso vou procurar primeiramente a vitória do Corinthians contra o Atlético-PR", discursou Renato, que era um líder nas categorias de base e assegura uma atuação tranquila no Pacaembu.

"Não estou ansioso nem nervoso. Vou fazer o que sei fazer e fazia na base, quando fui campeão em todos os Campeonatos Paulistas que disputei jogando muito bem, fazendo gols", lembrou. "É a primeira vez que jogo com o time completo, mas já tenho uma base, sei onde tenho que jogar. E vou me acostumando com o pessoal me dando um toque. Vai dar tudo certo."

O que Mano Menezes espera é ver o mesmo Renato que se destacou a ponto de deixar o juvenil em fevereiro de 2008, ainda com 17 anos. "Como ele subiu um pouco cedo, tinha uma musculatura muito frágil porque deu aquela esticada na estatura. Ficou um pouco mole e precisamos de um pouco de paciência. Hoje ele está absolutamente firme, com um bom desempenho nos treinos. E sempre entrou bem. Vamos colocá-lo em campo por esta evolução", justificou o técnico.

Fonte: Terra