O aniversário de 100 anos do Corinthians é apenas no dia 1º de setembro, mas nesta quinta-feira, 14 de janeiro, o torcedor alvinegro já tem motivo para comemorar. Há exatos dez anos, o Timão conquistava a primeira edição do Mundial de Clubes da Fifa. Com um time de dar inveja aos adversários, o clube do Parque São Jorge venceu o Vasco por 4 a 3, nos pênaltis, e se tornou o primeiro clube a ser campeão do torneio.

Dida; Índio, Adilson, Fábio Luciano e Kléber; Rincón, Vampeta, Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edílson e Luizão. Do goleiro ao atacante titular, todos tiveram uma carreira vitoriosa. Entraram ainda na final Gilmar, Fernando Baiano e Edu, o único que atualmente está no Corinthians. O comandante daquele histórico time era Oswaldo de Oliveira, que agora dirige o Kashima Antlleras (confira mais abaixo por onde andam os campeões).

- Foi a conquista mais importante da minha carreira. Algumas pessoas dizem que aquele campeonato não valeu nada, mas eu recebi o troféu das mãos do presidente da Fifa (Joseph Blatter). Isso sem contar os adversários que enfrentamos. Todos eles queriam ganhar – falou Rincón, que recentemente acertou para ser auxiliar de Luxemburgo no Atlético-MG.

Antes de chegar à decisão com o Vasco, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o Corinthians venceu o Raja Casablanca e o Al-Nassr e empatou com o Real Madrid.

- Muita gente já dava o Vasco como campeão. Eles realmente tinham uma grande equipe, com jogadores muito bons e jogavam em casa. Conversamos muito sobre isso durante aquela semana. Esse favoritismo do Vasco nos ajudou muito. Nossa equipe entrou muito animada – comentou o volante Rincón, capitão daquele time.

O colombiano nunca teve papas na língua. Sempre disse o que pensava e não era de levar desaforo para casa. Tanto que por várias vezes ele declarou que naquele grupo havia muitos problemas. Agora, no aniversário de dez anos da conquista, o ex-volante continua com o mesmo pensando, achando que não é preciso grupo unido para ser campeão.

- As brigas existem dentro de qualquer time. O importante era que, quando entrávamos em campo, a entrega era total de todos os jogadores. Não precisávamos ser amigos para sermos campeões – discursou o ex-meio campista corinthiano.

Marcelinho Carioca, um dos personagens mais polêmicos do futebol à época, prefere valorizar a sintonia que havia dentro de campo. No jogo final, por sinal, o Pé de Anjo errou o último pênalti do Corinthians. Mas na sequência Edmundo desperdiçou pelo Vasco.

- O diálogo nos fez conquistar o Mundial. Nós sabíamos que nosso time era muito forte e se conhecia só pelo olhar. E no Maracanã, quando entramos no gramado e vimos a invasão da Fiel, comentamos: não podemos perder de jeito nenhum – lembrou Marcelinho.

Após dez anos, outros cinco clubes foram campeões mundiais reconhecidos pela Fifa, três deles brasileiros.

Fonte: Globo Esporte