Auxiliar de Carille ficou responsável pela análise do Palmeiras na final do Paulista
5.1 mil visualizações 38 comentários Reportar erro
Por Marco Bello, no CT Joaquim Grava
Vários são os segredos do sucesso de um time como o Corinthians, atual bicampeão Paulista e atual campeão Brasileiro. Mas talvez um trabalho menos observado e menos glamouroso é o dos auxiliares da comissão técnica do Timão.
Trabalho, aliás, que foi muito bem realizado por Fábio Carille entre os anos de 2009 e 2016, quando ele assumiu o comando técnico da equipe. Hoje os auxiliares do Corinthians são o ex-jogador Fabinho, o ex-treinador da equipe sub-20 Osmar Loss e Leandro Silva, o Cuca.
Cuca, entre eles, é o menos conhecido da torcida. Ele tem 44 anos, foi jogador de futebol, zagueiro e volante, e teve passagens por 19 clubes do Brasil. Ele foi o primeiro auxiliar “convocado” por Fábio Carille quando o técnico foi efetivado no cargo em dezembro de 2016. Os dois se conhecem de longa data como jogadores.
E Cuca foi o responsável, neste Campeonato Paulista, justamente por analisar o adversário da grande final, o Palmeiras:
“Falando especificamente do trabalho dos auxiliares neste campeonato, a gente ajudou de forma geral, mas no final cada um fez um jogo. Nessas fases de mata-mata, o Fabinho ficou mais voltado pro Bragantino, o Osmar pro São Paulo e eu fiquei com o Palmeiras", contou Cuca, em entrevista ao Meu Timão.
"Mas na questão do dia a dia do trabalho, nosso envolvimento é bem geral. A gente busca junto com o pessoal da análise de desempenho as melhoras individuais dos nossos atletas, as análises dos adversários, procuramos aquilo que a gente pode também tirar proveito. Enfim, é um trabalho bem amplo", completou.
Sobre a análise do adversário da final do Campeonato Paulista, Cuca explicou:
“Eu já vinha analisando na verdade o Palmeiras e o Santos, que vinham fazendo a semifinal. Os dois jogos. Mas já vinha também analisando os outros jogos. A gente vai pensando nas possibilidades. Não pode nunca deixar para a última hora. A gente tenta acelerar o processo, pra quando chegar, como foi ali com o São Paulo. Jogar na quarta-feira e já no sábado o jogo com o Palmeiras. A gente já tem que ter mastigado toda a equipe adversária", explicou.
Cuca ainda contou como é feito o processo de análise e escolha do sistema de jogo entre a comissão técnica. Ele também falou sobre a relação entre os auxiliares e Carille e revelou que já aconteceram discussões.
“A gente discute muito a formação. Aquilo que o adversário tem de melhor, que pontos o adversário pode usar contra nós, o jeito que a gente também pode atacar. O Fábio, claro que por ter sido auxiliar, facilita. E ao mesmo tempo a gente procura municiar ele do jeito que a gente sabe que ele também gosta", disse.
“Discutir, bater boca mesmo, pouco acontece. Mas claro que existem divergências. Pontos de vista diferentes, também. Todos procuram dar sua opinião. Claro que já discutimos, nós colocamos nosso ponto de vista, mas a palavra final é dele (Carille). É claro que a gente procura fazer ele pensar, até pra na hora de definir, ele ter segurança daquilo que ele vai fazer", completou.