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Análise: Corinthians supera Paraná em vitória que pode trazer confiança para jogo contra o Colo-Colo

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Por João Pedro Izzo

Corinthians ganha confiança para quarta-feira após vitória contra o Paraná

Corinthians ganha confiança para quarta-feira após vitória contra o Paraná

Reprodução / Premiere

Depois de quatro jogos sem vitórias no Brasileirão, o Corinthians de Osmar Loss pôde, enfim, respirar aliviado. Em vitória diante do Paraná, por 1 a 0, o Timão ganhou confiança para quarta-feira, contra o Colo-Colo, pela Libertadores, em duelo válido pela volta das oitavas de final da Libertadores.

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Com o desfalque de Romero, expulso diante do Fluminense, o Corinthians se posicionou em um 4-2-3-1. A diferença é que Roger foi o homem de referência, atuando entre os zagueiros, sendo uma opção muito mais fixa do que Romero, que atuou nesta posição na última quarta-feira. A escalação foi formada por: Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Douglas; Pedrinho, Jadson, Clayson; Roger.

Primeiro tempo

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Reprodução / Premiere

Assim foi a distribuição tática do Timão ao longo da partida. Sem variações na formação e usando Roger como referência, a equipe pôde ter mais volume de jogo, mesmo que ainda não seja o ideal. O time como um todo buscou mais o pivô, embora tenha buscado poucos cruzamentos. Jadson, por vezes, tentou ligar com Roger; Cássio e Walter fizeram lançamentos para o centroavante. No entanto, o atacante não conseguiu ter grande êxito na partida deste sábado.

Marcação alta no início da partida

Marcação alta no início da partida

Reprodução / Premiere

Destaque para a marcação pressão que o Corinthians fez em boa parte do primeiro tempo, fato ressaltado por Osmar Loss na coletiva após o jogo. Embora há de se destacar a fragilidade do adversário, que é o lanterna da competição, o Timão visou os erros na saída de bola adversária, fazendo pressão alta para dificultar a saída da bola da equipe paranista. Mesmo com alguma dificuldade de tomar o controle da partida nos primeiros vinte minutos, o alvinegro comandou, no geral, as ações da primeira etapa. Teve, enfim, mais profundidade, algo tão pedido por Loss, contando com boa distribuição de Jadson, que realizou passes e lançamentos, provendo chance clara para Roger finalizar ao fim do primeiro tempo.

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Reprodução / Premiere

Um fato positivo do lance perdido por Roger foi a construção que se deu a jogada. Douglas fez boa interceptação e, bem posicionado, Jadson teve espaço e visão de jogo para enfiar bola em profundidade para o centroavante. Roger acabou acertando a trave, mas é uma boa lembrança e característica memorável dos bons times recém-formados pelo Corinthians: rápida transição, agilidade no contragolpe e definição certeira de jogada.

Antes deste lance, Jadson cobrou escanteio na cabeça de Henrique, que subiu com liberdade e marcou o gol que tirou o sufoco do Timão. Destaque para o zagueiro, que vem tendo papel de exercer liderança, visto que Pedro Henrique e Léo Santos são jovens e Marllon chegou há pouco tempo ao clube.

Embora mostrando afobação em alguns lances, Douglas também apareceu mais na vitória deste sábado. Deu mais qualidade no desafogo na saída de bola alvinegra do que nas últimas partidas, apareceu mais no terço final, porém, ainda carece de possíveis infiltrações na área e de mais poder de finalização de longa distância, fato que o marcou em passagem pelo Fluminense. O volante ainda é tímido nestes quesitos.

Antes do primeiro tento, a equipe estava errando alguns lances no último terço do gramado, querendo definir com rapidez. Após o primeiro gol, o Corinthians se tranquilizou na partida. Passou a controlar mais a posse e acalmar mais as ações, sem agilizar muito. O primeiro tempo, vale ressaltar, teve 52 minutos, com muitas pausas (Cássio caiu três vezes antes de ser substituído). O fato acabou desacelerando o ritmo e intensidade da partida.

Segundo tempo

No segundo tempo, o Corinthians retomou os fatores que faltaram para ampliar o marcador: ritmo e intensidade. Nos dez primeiros minutos da etapa final, o setor ofensivo do Timão incomodou o adversário, que, acuado, não soube como reagir com a postura alvinegra. A profundidade dos pontas e a boa precisão de Jadson, o qual teve atuação destacada segundo os leitores do Meu Timão, fizeram com que o Corinthians ocupasse o campo rival e pressionasse pelo segundo gol.

Contudo, a má fase ofensiva, com apenas um gol nos últimos quatro jogos pelo torneio nacional, se aliou à falta de confiança dos jogadores de ataque. Clayson e Pedrinho não tiveram grande atuação novamente; Roger brigou, mas também não conseguiu ser efetivo. Jadson, entretanto, foi o melhor alvinegro em campo, acertando a trave por uma vez e chutando para defesa do goleiro adversário.

Depois, com a expulsão do primeiro volante Leandro Vilela, do Paraná, o Corinthians teve ainda mais espaços e tranquilidade para ampliar a vantagem e sossegar torcida, jogadores e comissão técnica. É válido dizer que a falta de capricho nos passes e finalizações impediu que o segundo gol viesse. Mateus Vital foi boa válvula de escape pela esquerda e manteve o Timão ofensivo, deixando a equipe comandada por Osmar Loss distante da meta de Walter, que foi praticamente espectador na etapa final. Araos também aproveitou os espaços a partir de sua entrada.

Embora com dificuldades para "matar o jogo", o Corinthians pouco sofreu, mas demonstrou sinais que podem dar confiança para o jogo de quarta-feira, diante do Colo-Colo. A defesa teve atuação segura e os volantes cumpriram bom papel; o setor ofensivo criou mais do que vinha criando, porém, ainda é pouco: será necessária uma grande atuação coletiva, sobretudo dos homens de frente, que precisam definir de maneira certeira na partida de volta das oitavas de final da Libertadores.

O Paraná, lanterna do Brasileiro, demonstrou pouquíssimo poder de reação e não foi páreo ao Corinthians. Mesmo assim, a fragilidade da equipe paranista é gritante, o que colaborou também para a melhor exibição e maiores espaços cedidos para o Corinthians. Contudo, o fato do Timão ter jogado com um homem mais alto, forte e que exerceu papel de pivô, fez com que a equipe ficasse mais à vontade para furar a retranca adversária. Mais importante que o desempenho deste sábado foram os três pontos, que voltam a dar mais confiança à equipe e Osmar Loss, que sofriam (e ainda continuarão sofrendo) muitas críticas.

Tais características podem ser importantes em um jogo brigado e catimbado como costuma ser o de Libertadores. A dificuldade de Osmar Loss é definir se irá manter Roger para quarta-feira, visto que o centroavante não teve atuação destacada. O treinador afirmou que a tendência é o retorno de Romero para o duelo decisivo.

A maior prova do técnico de 43 anos está posta a prova diante do Colo-Colo. Será preciso muita frieza para segurar os ânimos dos jogadores corinthianos, que deverão encontrar poucos espaços e precisarão ser fatais nas chances criadas. A boa atuação individual de Jadson, por exemplo, pode ser arma letal para quarta-feira: cabe aos demais jogadores acompanharem o ritmo para que o coletivo possa sair ressaltado, assim, buscando a classificação na competição internacional.

Veja mais em: Osmar Loss, Arena Corinthians e Campeonato Brasileiro.

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