Cinco partidas. Mesmo com pouco tempo de trabalho, Jair Ventura já leva o Corinthians a uma final de competição nacional. Após a classificação heroica do Timão à finalíssima da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira, na Arena, depois de vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, o treinador corinthiano concedeu entrevista coletiva. E abriu o bate-papo com os jornalistas exaltando a Fiel pela presença maciça no treino aberto de terça-feira.

“Nunca falo um ponto principal, uma série de fatores, um esporte coletivo, ninguém alcança objetivo sozinhos. Começou ontem com a festa da torcida, 40 mil pessoas numa terça-feira à tarde, você vê como eles amam esse clube, como são apaixonados. Serve de combustível”, afirmou Jair Ventura.

Na visão dele, o Corinthians foi “além do limite” diante do Flamengo. Fagner, por exemplo, sentiu incômodo muscular e pediu substituição já na primeira etapa. O técnico destacou o espírito coletiva do Timão diante de um Flamengo poderoso financeiramente e recheado de jogadores de renome.

“Deixamos o máximo dentro de campo. Fagner acabou saindo, Vital não aguentou, Douglas estava sentindo, o Jadson... Seis substituições para apenas três que poderia fazer. Mostra que a gente passou do limite, o que é sempre válido quando alcança o objetivo”, declarou.

“Com muita entrega, muita raça e determinação num extremamente jogo tático, conseguimos a classificação. Não vencemos nada, pés no chão, para conseguirmos o objetivo, que é a final”.

Jair também foi questionado sobre a sensação de estar em uma final de tanta importância poucos meses depois de deixar o rival Santos em baixa, demitido em virtude do trabalho ruim. Sereno, o hoje treinador do Corinthians disse não se iludir com o bom momento da equipe sob seu comando.

“Sou muito tranquilo e equilibrado, se olhar os gols eu fico exaltado, jogo junto, mas sobre estar em alta e em baixa, é a vida do treinador, é uma bolsa de valores. O que aprendi nesses anos é que vou ser sempre a mesma pessoa”, opinou.

“Não mudo quando estou em alta ou baixa, sigo com as convicções. Trato todos iguais, aceito críticas, estou tranquilo. No ano passado fui eliminado para o Flamengo e neste ano consegui a classificação. Um dia você ganha, no outro você perde. O treinador quando perde, perde o emprego. Mas tem que levantar a cabeça. Sempre vou ser a mesma pessoa”, acrescentou Ventura.

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O Corinthians derrotou o Flamengo com gols de Danilo Avelar e Pedrinho – o zagueiro Henrique, contra, descontou a favor dos visitantes. Campeão paulista no primeiro semestre, o Timão agora tem pela frente o Cruzeiro de Mano Menezes, que eliminou o arquirrival Palmeiras nas semifinais.

Antes de deixar a sala de imprensa da Arena, Jair foi perguntado a respeito do adversário mineiro. Mencionou uma confusão que marcou o fim do empate por 1 a 1 no Mineirão e falou em “sonho”:

“Quem quer disputar final, não escolhe adversário. Nem vimos o jogo, quando chegamos estava a confusão. É um sonho (chegar na final), mas não conquistamos nada, mas é a realização de um sonho. A gente fica feliz”, completou.

Com Jair à beira do campo, o Corinthians volta a se concentrar no Campeonato Brasileiro. A equipe do Parque São Jorge encara o América-MG sábado, às 19h, no Independência, pela 27ª rodada.

Em tempo: as finais da Copa do Brasil devem acontecer nos dias 10 e 17 de outubro. A CBF sorteia os mandos de campo nesta quinta-feira.

Confira os gols da partida

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