Jair Ventura entende críticas da torcida do Corinthians, fala sobre 'meritocracia' e exalta Cássio
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Por Meu Timão
Com um mês no cargo, Jair Ventura já sentiu o gostinho de como é treinar o Corinthians, seja para o bem ou para o mal. E após a dolorosa derrota em plena Arena para o Flamengo, por 3 a 0, o treinador falou a respeito das críticas ao seu trabalho em entrevista ao portal Gazeta Esportiva.
“Desses momentos da vida de um treinador, de você ser chamado de tudo que a gente é chamado, você ouvir essas situações… Tem que ter o lado bom, né? Senão a gente não ia querer ser treinador", reconheceu.
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Mesmo com o peso do revés, o treinador tratou de exaltar Cássio como uma grande figura do atual elenco corinthiano. Promovido a capitão desde a chegada do novo comandante, o camisa 12 recebeu uma chuva de elogios. Para Jair, o peso que Cássio tem no clube ajuda os demais do grupo a alcançarem grandes coisas.
"A gente, como profissional, escutar de um Cássio, multicampeão, um líder que ele é, o peso que ele tem dentro do clube, não só ele como todos. Esse é o momento bom, saber que os jogadores compraram a sua ideia, que é o mais importante e que juntos a gente possa conseguir grandes coisas, porque no Corinthians pequenas coisas não servem”, exaltou.
Sobre as decisões das escalações, Jair Ventura descreveu quais motivos são suficientes para formar a equipe que entra como titular. Na opinião do treinador de 39 anos, não importa a pouca idade, experiência ou até mesmo o maior salário. O que conta é o desempenho que os atletas vêm tendo dentro de campo.
“Colocar o melhor em campo. Não o mais jovem, não o mais experiente, não o maior salário. Botar em campo aquilo que eles vêm me dando dentro do campo. Eu falo: ‘eu não escalo. Quem se escala são os jogadores’. Eu não vou botar um cara que não está treinando bem porque ele é mais experiente”, argumentou.
Também seguindo na linha de meritocracia e desempenho em campo, Jair ilustrou a figura de Cavani, centroavante do Paris Saint Germain, da França, como exemplo técnico e tático de um jogador que deseja no Corinthians. Além disso, o técnico alvinegro relembrou sobre os seus papéis na função, que são persuadir o grupo e mostrar a importância da recomposição sem a bola.
"É por conta de uma situação tática hoje, que requer muito. Você vê os grandes jogadores que marcam. O Cavani, o que ele joga para o time, é um absurdo. E é um jogador extremamente técnico. Você pode ser extremamente técnico e também tático para o seu time”, iniciou.
"Muito se fala que o time, quando marca muito forte, que não é a melhor coisa, que isso é mais fácil para o treinador. Eu acho o contrário. A gente quando é criança quer a bola. Você não quer desenhar duas linhas de quatro e marcar e ter de correr atrás para trabalhar a transição. Isso é trabalho do treinador também, persuadir seu grupo e saber da importância também de jogar sem a bola”, encerrou.