Corinthians pode ter 'boom' na receita de TV a partir de 2019 na nova divisão de cotas; entenda
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Por Meu Timão
A nova divisão de cotas de televisão para os clubes a partir do Campeonato Brasileiro de 2019 pode favorecer (e muito) o Corinthians. A informação é baseada em estudo inédito dos economistas Cesar Grafietti (Cesar Finance & Mgmt Consulting) e Alexandre Rangel (Ernst & Young) e também em publicação do blog do jornalista Cassio Zirpoli, de Recife.
A parceria entre os economistas rendeu uma projeção do ganho de cada equipe em cotas de TV no caso de título a partir do Brasileirão de 2019. Na temporada que vem, afinal de contas, a posição dos clubes na classificação final terá influência no montante a ser recebido.
Até a atual temporada, a grana oriunda da televisão é dividida pelos clubes conforme determinado em contratos individuais entre a TV Globo e as próprias agremiações. É praxe Corinthians e Flamengo receberem um valor maior (R$ 180 milhões cada em 2018) seguidos de Palmeiras e São Paulo. Na sequência aparece o Vasco. E novamente empatados: Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Internacional - confira a relação completa abaixo.
A partir do ano que vem, haverá três diferentes fatias do montante total: uma fixa e dividida igualitariamente, outra dividida conforme o número de jogos transmitidos e ainda uma terceira relacionada diretamente à classificação final do campeonato. O estudo de Grafietti e Rangel foca nas projeções máximas - em caso de título na edição de 2019, portanto.
Neste novo cenário, o Corinthians pode saltar de um ganho anual de R$ 179,6 milhões para uma receita de R$ 271,1 milhões, representando aumento de 50,9%. Nas projeções máximas, porém, o Timão perde hegemonia para o Flamengo - a diferença de frequência de jogos das equipes nas praças de São Paulo e Rio de Janeiro na TV aberta ajuda a explicar.
Comparativo entre as projeções de 2018 e de 2019 (em caso de título)
Projeção de cota de transmissão no Brasileirão 2018
1º) 179,6 mi – Corinthians e Flamengo
3º) 135,5 mi – Palmeiras e São Paulo
5º) 125,5 mi – Vasco
6º) 108,8 mi – Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter
10º) 87,2 mi – Botafogo e Fluminense
12º) 86,0 mi – Santos
13º) 40,0 mi – Bahia e Sport
15º) 22,3 mi – Demais clubes na Série A
Projeção de cota de transmissão no Brasileirão 2019 (em caso de título)
1º) 327,1 mi – Flamengo (+82,1%)
2º) 271,1 mi – Corinthians (+50,9%)
3º) 173,6 mi – Palmeiras e São Paulo (+28,1%)
5º) 105,5 mi – Santos (+22,6%)
6º) 103,6 mi – Vasco (-21,9%)
7º) 100,6 mi – Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Inter (-7,5%)
11º) 75,8 mi – Botafogo e Fluminense (-13,0%)
13º) 71,4 mi – Bahia e Sport (+78,5%)
15º) 55,4 mi – Demais clubes na Série A (+148,4%)
A nova divisão de cotas de TV
40% em cota igualitária
R$ 440 milhões divididos de forma idêntica entre os 20 clubes (R$ 22 milhões para cada um).
Pagamento parcelado entre janeiro e junho (75% do montante) e depois entre julho e dezembro (25% restantes).
30% em cota de audiência
R$ 330 milhões divididos a partir do número de jogos exibidos na televisão. TV Globo costuma transmitor três jogos simultâneos por rodada, sendo dois deles para para São Paulo e Rio de Janeiro.
Pagamento parcelado entre maio e dezembro.
30% do bolo
R$ 330 milhões divididos proporcionalmente conforme a colocação dos clubes ao término do Brasileirão.
Pagamento à vista em dezembro.