Corinthians lidera estatísticas de passe, mas números ofensivos estão entre os piores da Série A
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Por Andrew Sousa
Em sua primeira passagem pelo Corinthians, Carille sempre obteve destaque nas estatísticas. Montando times defensivamente sólidos e com eficiência na hora de atacar, o treinador aparecia na liderança de uma série de índices importantes no futebol.
Nesta temporada, que marca seu retorno ao clube, o comandante ainda busca a formação ideal e o reflexo nos números é enorme, como mostra um levantamento do portal Footstats.
No Paulistão, a equipe alvinegra troca, em média, 512,3 passes por partida. A marca é a maior entre os 12 principais times do país em seus respectivos torneios estaduais. Por mais que possa parecer positiva, a posse de bola corinthiana tem se mostrado pouco eficiente nas partidas do time.
De todos os toques trocados pelo Timão, afinal, apenas 19% são no último terço do campo - 52% no meio e 29% na linha de zaga. Ou seja, a bola tem rodado muito atrás. O índice dos comandados de Carille nesse fundamento é o pior do chamado G12. Para se ter noção, o Grêmio Novorizontino teve 49% de sua posse no ataque, no embate contra o time alvinegro.
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Com a bola rodando tanto, o time tende a criar muito, certo? Errado. O Corinthians aparece como pior em mais um índice: a de finalizações. Até aqui, são 9,2 chutes por jogo, com apenas 2,8 no alvo.
Entre os 12 clubes de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, ninguém toca mais a bola antes de finalizar uma vez: são, em média, 55,9 passes trocados para criar uma chance de gol.
Os dados negativos, é claro, tem ligação com o fato de Carille ainda buscar uma escalação ideal. Em oito partidas disputadas no ano, o técnico montou oito escalações distintas. Contra o Racing, nesta quinta-feira, às 21h30, volta a ter mudanças, chegando ao nono time diferente no ano.