Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava, Mauro Boselli explicou como enxerga a disputa por uma vaga no ataque do Corinthians e pontuou as diferenças no estilo de jogo entre ele e Gustagol, artilheiro alvinegro na temporada com sete gols.

Titular da equipe nos últimos quatro jogos, o argentino está confirmado mais uma vez na equipe principal do Corinthians, no embate diante do Ituano, nesta quarta-feira, às 21h30, em Itu.

"Sim, não sei se é uma disputa, são opções que o treinador tem, jogadores de características distintas, opções. Ele na bola alta, eu mais com a bola no chão. Depende do que o treinador precisar, mas podemos também jogar juntos, já compartilhamos momentos juntos, fizemos gols e até ganhamos partidas jogando juntos. São opções do treinador, e mesmo o Love também, pode jogar pelo lado ou como centroavante. Falavam que ano passado não tinham tantas opções assim. Essa concorrência nos faz nos esforçar cada vez mais para jogar, quem ganha é o Corinthians", disse.

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Apesar das boas atuações nessas oportunidades que recebeu, Boselli não conseguiu colocar a bola na rede nos últimos jogos. Ao todo, são dez partidas disputadas com a camisa do Corinthians e apenas um gol marcado, no dia 24 de fevereiro, diante do Botafogo-SP. Contudo, o jogador, que foi muito elogiado pela Fiel na última semana, descartou uma ansiedade para voltar a fazer gols e também reforçou a importância de desempenho coletivo.

"Ansiedade é muito relativo, muito pessoal. Quero que a equipe ganhe, quem faz gols não é importante. O atacante precisa de gol, mas não é tão importante quanto a equipe vencer. Quero fazer gols a cada partida, quero ajudar, mas se não faço e a equipe segue ganhando, não é um problema. Venho me sentindo a cada dia melhor, gol é uma consequência e vão acontecer", contou o argentino.

Por fim, Boselli contou como está sua adaptação ao Brasil. Há oito anos longe de seu país de origem, o atacante revelou que sente falta de sua rotina no México. Mas, não deixou de elogiar o Brasil, pelo menos até entrar na questão do trânsito da cidade de São Paulo. Ele também pontuou as diferenças entre o futebol brasileiro e mexicano.

"Sinto mais coisas do México que da Argentina, estava oito anos fora. Estava acostumado com a cultura mexicana há cinco anos e meio. Mas no Brasil você vive muito bem, tem um pouco da barreira da língua, mas é parecida com a vida na Argentina. Estranho um pouco em relação ao México, mas estou aproveitando muito. Menos o trânsito, são 1h20 até a minha casa. Mas chegando aqui, a cabeça já muda e me sinto feliz", brincou.

"Tudo é diferente, México tem mais espaço, aqui as equipes se fecham muito atrás, ainda mais contra o Corinthians. Mas vamos ver mesmo no Brasileirão, que vai se comparar com a liga mexicana, lá não tem estaduais, vou saber responder melhor. Sobre treinos, é mais recuperação e ver o rival do que treinamentos. A forma de trabalho do Fábio é boa, te ajuda a conseguir coisas dentro de campo, mas não tivemos muito tempo de trabalhar e espero que a gente nem tenha, porque significa que estamos vencendo", concluiu.

O principal foco do Timão está na decisão contra a Ferroviária, pelas quartas de final do Estadual, no próximo fim de semana. O local e o horário dos jogos ainda vão ser definidos pela Federação Paulista de Futebol.

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