Federação opina sobre demora com VAR e revela dificuldade técnica em análise de gol do Corinthians
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Por Lucas Faraldo e Rodrigo Vessoni, de Sede da Federação Paulista de Futebol
A Federação Paulista de Futebol está de olho na tecnologia de árbitro de vídeo nesta reta final de Campeonato Paulista. Ao menos é o que foi exposto por seus dirigentes em entrevista concedida no início de tarde desta quarta-feira. No encontro foram também expostas a taça de campeão do torneio e a bola das finais, que serão disputadas nos dois próximos domingos entre Corinthians e São Paulo.
Crítica comum entre jogadores, torcedores e jornalistas nas semifinais do Estadual foi a demora para tomada de decisão entre a definição de que o árbitro de vídeo será consultado e o retorno da cabine de VAR para o juiz principal da partida. Essas situações aconteceram nos dois clássicos entre São Paulo e Palmeiras (lances anulados de pênalti e gol) e no jogo de ida entre Corinthians e Santos (lance confirmado do gol de Manoel).
"Entendemos que o tempo está alto, queremos melhorar, estamos trabalhando esse tema com os árbitros. Vamos tentar levar o operador de replay para conversar sobre esse tema (...) Os três casos nas semifinais foram extremamente difíceis. Tudo é novo para a gente", relatou Ednilson Corona, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação.
"No lance do gol do Manoel, do Corinthians, quando foi buscar o zoom, tivemos dificuldades na cor do uniforme. Ficaram todos brancos. Neste momento, foi traçada a linha de impedimento, de trás para frente. Se não for conclusiva, temos uma opção de linha vertical. Ainda tem uma certa insegurança. Dá para adiantar, a questão da insegurança acho que está retardando um pouquinho essa decisão. Creio que faz parte do processo, é o querer acertar. O tempo é importante, mas a precisão é mais", acrescentou, citando uma dificuldade técnica.
Fato é que, demora à parte, os três lances nos quais o VAR foi consultado foram anulados (2) e confirmado (1) corretamente. Nesse sentido, a tecnologia acabou elogiada na entrevista:
"Na nossa avaliação o VAR está cumprindo o papel, corrigindo erros e evitando injustiças. Nosso desafio é diminuir o tempo e manter a precisão. É uma novidade, foi uma novidade na Copa do Mundo, depois teve na Copa do Brasil e agora nos estaduais. É um projeto imenso para a Federação, que começou há um ano, com investimento e muitas pessoas envolvidas. Dá uma satisfação estar vivendo esse momento. Sem ajuda da tecnologia, seria praticamente impossível o árbitro definir alguns lances nestes mata-matas", opinou Mauro Silva, vice-presidente da FPF, sobre a tecnologia que custa R$ 28 mil por jogo.
Em tempo: os dirigentes da Federação não falaram sobre os dois lances suspeitos contra o Corinthians do clássico de volta contra o Santos, na última segunda-feira. Boselli foi chutado por Aguilar em jogada passível de expulsão; e Ramiro foi derrubado na grande área em jogada passível de pênalti. O árbitro Raphael Claus não reviu nenhum dos dois lances.