Corinthiana Grazi fala sobre suas experiências na Copa do Mundo e evolução do futebol feminino
1.0 mil visualizações 13 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
A corinthiana Grazi já participou de três mundiais com a amarelinha e, às vésperas da estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, publicou um texto no Medium do Corinthians relembrando suas participações e exaltando a melhora da modalidade.
Em 1999, a Copa do Mundo feminina foi disputada nos Estados Unidos. Era a terceira edição da competição e a primeira participação de Grazi, que atuava pelo São Paulo na época. Apesar do terceiro lugar, a jogadora relembrou com carinho da competição.
"Me lembro exatamente da emoção de desembarcar nos Estados Unidos, em 1999, para meu primeiro mundial. Apesar de toda a tensão, a honra de representar meu país e minha modalidade me dominavam. Foi uma experiência extraordinária, coroada com um terceiro lugar", disse Grazi em seu texto.
A segunda experiência da corinthiana no torneio mundial foi em 2007, na China, quando a equipe ficou com o vice-campeonato. Apesar da derrota na final, Grazi admitiu ser essa sua melhor lembrança, já que nesse torneio o esporte começou a ganhar mais visibilidade.
"Ainda pude viver de perto aquele time mágico de 2007, na Copa do Mundo da China. Essa é, sem dúvidas, minha melhor lembrança. Foi por um detalhe que não ganhamos a tão sonhada taça e, apesar desse amargo da derrota na grande final, ali demos um passo gigante para tornar o futebol feminino grandioso, como sempre sonhamos", contou.
A Copa de 2011, na Alemanha, encerrou a participação de Grazi em Mundiais. Na ocasião, as meninas foram desclassificadas nas quartas de final, mas o ano marcou mais um importante passo para a modalidade: o álbum de figurinhas. Colecionar figurinhas dos atletas na época de Copa é algo comum na modalidade masculina, mas na feminina era novidade.
"Caímos nas quartas, mas guardo uma lembrança bem legal dessa época. Desde sempre me lembro das pessoas fazendo coleções de figurinhas dos mundiais masculinos. Todo mundo que gosta de futebol pensou um dia em como seria ter a sua própria figurinha no álbum. Pois bem, neste ano eu tinha a minha, colada ao lado dos cromos das minhas companheiras. Até hoje tenho essa imagem em meu celular, guardada como uma doce lembrança", revelou a atleta - confira a imagem abaixo.
Comparando o futebol feminino na época que atuava e atualmente, Grazi reconhece as melhoras, mas sabe que a modalidade ainda tem muito a evoluir.
"O apoio dos clubes, como faz o Corinthians, é primordial para seguirmos crescendo. Hoje temos em muitos clubes categorias de base, uniformes adequados, bons centros de treinamento, um calendário distribuído por todo o ano. É o básico, mas é uma conquista, buscada desde antes do meu primeiro mundial", revelou.
Longe da França, Grazi vai torcer pela conquista do título, mas mais do que isso, vai torcer pela visibilidade da modalidade e para que o apoio às meninas continue depois do torneio.