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Levantamento destrincha situação financeira do Corinthians em 2018; veja principais pontos

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Parte social do Corinthians tem pesado negativamente no orçamento do clube

Danilo Augusto/Meu Timão

Anualmente publicado pelo Itaú BBA, o levantamento "Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros" dá uma noção real da situação de cada equipe da elite nacional. Com acesso ao estudo publicado nesta semana e que diz respeito ao ano de 2018, o Meu Timão resolveu analisar o panorama do Corinthians.

Mesmo com satisfatório aumento de 9% nas receitas em relação a 2017, há uma série de problemáticas que merecem destaque, como a dependência de venda de jogadores e o déficit constante da parte social do clube.

Os principais pontos do estudo a respeito do Corinthians

Receita aumentou, mas...

O Corinthians terminou a última temporada com receita bruta total de R$ 389 milhões - R$ 32 milhões a mais que no anterior. Ainda assim, não há grandes motivos para comemorar. O crescimento foi impulsionado pelos direitos de TV da Copa do Brasil, em que o time chegou na final.

O aumento, então, podia ser naturalmente maior, mas acabou brecado por outros fatores, como a queda de 47% das receitas provenientes de publicidade - o clube não teve patrocínio máster durante todo o ano.

Gastos e vendas em alta

O aumento da receita também aconteceu por uma prática que vem irritando a torcida: a venda de jogadores. No atual panorama, negociar seus destaques tem sido uma válvula importante para a equipe manter as contas em dia. Em 2018, foram R$ 79 milhões arrecadados com isso - o valor ficou em R$ 53 milhões no ano anterior.

Ao contrário do que aconteceu em 2017, porém, o clube investiu mais na reposição dessas perdas. O investimento total da temporada foi de R$ 72 milhões - R$ 54 milhões acima do último ano.

Gastos centralizados

De todo o montante investido pelo clube no ano, R$ 68 milhões foram destinados ao time profissional. Dos R$ 4 milhões restantes, metade foi para as categorias de base e outra metade para estrutura.

Social pesado

Deixando de lado o futebol, o Corinthians também precisa prestar atenção na parte social do clube, que vem pesando negativamente no orçamento. Depois de dar prejuízo de R$ 16 milhões em 2017, o setor teve déficit de R$ 22 milhões no ano passado.

Em 2018, cabe destacar, foram R$ 53 milhões de despesas totais com o social. Desse montante, a alta quantia de R$ 34,3 milhões é destinada ao "pessoal" - o valor é maior que a receita total do social, que é de R$ 31,1 milhões.

Dívida aumentando

Sem contar a questão da Arena Corinthians, o clube fechou 2018 com uma dívida total de R$ 452 milhões, de acordo com o levantamento. Em comparação a 2017, o montante cresceu cerca de 12%. Segundo o estudo, isso está ligado, principalmente, ao aumento de salários e encargos a pagar, que incluem os direitos de imagens de atletas.

Parte da dívida também foi gerada pela tentativa de cobrir os gastos da Arena com o futebol. O Itaú BBA fala em R$ 25 milhões tirados dos cofres para auxiliar no pagamento do estádio. Para equilibrar as contas após isso, o Timão ainda captou R$ 29 milhões junto a bancos.

Leia também: Analista financeiro comenta peso da Arena Corinthians no orçamento do clube

Como o estudo define o Corinthians

Em uma espécie de resumo do panorama alvinegro, o levantamento compara o Corinthians a um equilibrista que mantém vários pratos girando sobre hastes.

"Exige muito esforço e fôlego, mas enquanto eles estão girando a plateia aplaude. A manutenção da dependência da venda de atletas é um sintoma ruim, assim como a redução de valores a recebe em Publicidade, sem contar a falta que a receita de bilheteria faz. Haja fôlego. Ainda assim, o clube voltou a investir mais forte em 2018", diz o documento.

Além desse fatores, a necessidade do futebol manter a parte social também ganha sinal de alerta dos especialistas. Para os estudiosos, se essa situação não mudar, será difícil manter-se competitivo.

"Enquanto isso, a distância para os rivais mais fortes aumenta, mas é encoberta por títulos no meio do caminho. O risco do equilibrista tropeçar no caminho. Recolher os cacos é sempre mais difícil", finaliza o levantamento.

Veja mais em: Diretoria do Corinthians.

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