Uma das principais atletas da história da natação brasileira, Poliana Okimoto foi homenageada pelo Corinthians neste sábado, com a inclusão na calçada da fama do Timão. Dando novos passos na carreira depois de aposentada, a ex-atleta de 36 anos falou em entrevista com o clube sobre o tempo em que competia e as grandes conquistas.

Tendo ingressado muito jovem na natação, Poliana pratica o esporte desde os dois anos de idade, mas chegou ao Corinthians apenas depois de um tempo. Foi com um técnico de infância que a oportunidade surgiu e a paixão pela natação de longas distâncias também se desenvolveu.

"Eu sou de São Paulo e comecei a nadar em uma academia chamada Munhoz, da zona leste, que não existe mais, mas era uma academia bem tradicional e tinha um treinamento especializado em distâncias mais longas", contou Poliana.

"O meu técnico no Munhoz, Ismar Barbosa, foi contratado pelo Corinthians, em 1997, e eu fui com ele. Os treinos eram praticamente iguais, já que o técnico foi contratado para ser o treinador principal do clube, e aí mesmo eu tendo 14 anos, já treinava com a equipe principal do clube", completou.

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Corinthiana desde a infância, Poliana foi capaz de defender a equipe alvinegra na sua carreira e conquistou os principais títulos da carreira enquanto era atleta do Timão. Entre as conquistas, a ex-atleta foi medalhista olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Ela conquistou a medalha de bronze na prova dos 10 km.

"É muito legal defender o clube que você torce, que é apaixonado. E no começo, quando o time de futebol ainda não tinha o CT, a gente encontrava com os jogadores no clube, então tinha essa troca, saber que eles estavam ali, e que são ídolos do esporte, também", relatou.

Arquivo pessoal

Agora homenageada e para sempre na memória do clube, a nadadora também não deixou de agradecer pela oportunidade e comemorou a história conquistada no Timão.

"É um sentimento de gratidão muito grande, porque foi o Corinthians que abriu as portas para mim na natação profissional. Foi ali que eu comecei a entender o que viria pela frente. Quando olho para trás e vejo tudo que eu passei, o que aconteceu na minha vida, tantas alegrias e algumas decepções, que fazem parte do processo de amadurecimento, eu tenho uma gratidão muito grande por tudo o que o clube fez, tudo que representou para mim e representa para a natação, porque não foi só pra mim que o clube fez isso. A gente sabe que o Corinthians vai estar sempre entre os melhores clubes de natação do país e a gente sabe que pode contar com ele", acrescentou Poliana.

Sem atuar mais no esporte, Poliana aproveitou ainda para falar sobre os seus novos projetos. Ela não quer largar a natação e pensa em ajudar novos atletas a se desenvolverem dentro deste universo.

"Estou aposentada desde o final de 2017, e só comecei a viver uma vida normal desde 2018. Fui atleta do clube por oito anos. Os projetos eram coisas que eu já programava fazer, mas não tinha tempo, pois quando você treina o foco é sempre o treino, o dia a dia, a rotina. A Assessoria foi a primeira coisa que eu fiz logo que me aposentei. Era uma cosia que eu queria muito, lidar com os atletas amadores, porque são eles quem fazem o esporte", finalizou.

Homenagem especial

Em evento que aconteceu neste sábado, Poliana se tornou a primeira mulher a entrar na Calçada da Fama do Corinthians. Ela se juntou a outros ídolos históricos no espaço destinado a homenagens dentro do Parque São Jorge e deve ser o primeiro nome de outros na natação.

O evento marcou ainda a reinauguração do obelisco Alfredo Ignácio Trindade, que fica no Parque Aquático do Clube. O monumento presta uma homenagem ao presidente que idealizou a obra no local e inaugurou a equipe de natação do Timão.

José Manoel Fidalgo

Agora, na Calçada da Fama, a ex-nadadora se junta a nomes como Alessandro, Amaury Passos, Ataliba, Basílio, Biro-Biro, Cabeção, Casagrande, Célio Silva, Chicão, Dentinho, Dinei, Edilson, Edu Gaspar, Ezequiel, Fábio Luciano, Flávio Minuano, Gamarra, Geraldão, Gylmar dos Santos Neves, Liedson, Luizão, Marcelo Djian, Marcelinho Carioca, Márcio Bittencourt, Neto, Oscar Schmidt, Oswaldo Brandão, Palhinha, Paulo Borges, Rincón, Rivellino, Romeu Cambalhota, Ronaldo Giovanelli, Russo, Tobias, Tupãzinho, Vampeta, Waguinho, Wilson Mano, Wladimir, Wlamir Marques, Zé Elias, Zé Maria e Zenon.

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