Embalado pela Copa do Mundo da França, o futebol feminino cresceu e aumentou sua visibilidade no Brasil. Para o Corinthians, que venceu o primeiro jogo da final do Paulista neste sábado, o ano também foi positivo na modalidade. Ainda assim, o técnico do clube, Arthur Elias, não se conteve e apontou problemas no calendário.

“Entre uma das coisas que temos que melhorar é o calendário. Esse anos tivemos uma problemática, as datas estavam convergindo o tempo inteiro, tanto no Brasileiro, no Paulista e na Libertadores. Quando é algo que estamos fazendo pela primeira vez é compreensível, vão precisar de ajustes e as entidades precisam de um tempo para se adaptar. Mas quando já temos as competições como Paulista, Brasileiro e Libertadores há muitos anos, não consigo entender porque a gente não consegue decidir isso antes”, disse o treinador em coletiva antes da primeira final do Paulista.

“Fiquei muito feliz com a Conmebol por já ter anunciado que a próxima Libertadores vai ser no Chile, mas espero que eles liberem as datas antes. Fica muito difícil para um clube planejar tudo quando você não tem um calendário definido. Estamos entrando em novembro e não sabemos nada da temporada do ano que vem", concluiu.

Nessa temporada, as corinthianas entraram em campo 46 vezes, entre Campeonato Brasileiro, Paulista e Libertadores. Nesse último torneio, a equipe enfrentou uma maratona de seis jogos em 15 dias, e logo que retornou ao Brasil já iniciou a preparação para a disputa do título Paulista – a equipe venceu o primeiro jogo. Mesmo com as dificuldades, o técnico valorizou os avanços da modalidade e garantiu boa disputa na final do estadual.

“Acho que temos essa oportunidade todos os dias de fazer melhor, o futebol feminino está caminhando para isso. É uma final em dois grandes palcos, com a presença do torcedor e da imprensa, muito importante. São duas camisas muito fortes, o São Paulo retomando esse ano e a gente com um processo há dois anos dentro do clube. Estamos vivendo bons tempos e agora é desfrutar, são duas equipes que jogam um belo futebol e tenho certeza que quem comparecer, se não for a melhor, vamos tentar fazer a melhor final", pontuou Arthur Elias.

Para a zagueira Pardal, a Copa do Mundo da França foi o evento responsável pelo grande crescimento da modalidade. A atleta pontuou, ainda, os investimentos dos grandes clubes e projetou o crescimento do futebol feminino.

"Acredito que depois da Copa do Mundo, o futebol feminino deu o verdadeiro "boom" aqui no Brasil.Espero que esses números só cresçam, acho que o pessoal começou a olhar a modalidade com outros olhos e espero que cresça cada vez mais os campeonatos, os investimentos e que a partir do ano que vem seja muito melhor do que esse", pontuou a atleta.

“Acredito que esse ano está sendo o melhor para o futebol feminino, com o investimento de grandes clubes. Ano que vem é ano de Olimpíada, espero que possa melhorar mais ainda e que 2020 seja muito melhor do que foi 2019”, projetou.

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