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Candidato na última eleição do Corinthians faz lista de problemas e desabafa sobre atual gestão

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Por Meu Timão

Felipe Ezabella foi o quarto mais votado na última eleição do Corinthians

Felipe Ezabella foi o quarto mais votado na última eleição do Corinthians

Meu Timão/Larissa Lima

O Corinthians volta a ter eleições presidenciais em 2020, mas os grupos de oposição seguem trabalhando nos bastidores do clube. Nesta terça-feira, por exemplo, Felipe Ezabella, do Movimento Corinthians Grande, fez enorme desabafo em suas redes sociais.

Em texto relembrando algumas opiniões de 2016, o candidato na última eleição apontou uma série de problemas na gestão de Andrés Sanchez.

"Não há transparência e nem publicação de contas; não se segue o orçamento; não se verificam os balancetes; não há respostas sobre os requerimentos; não se fala a verdade aos conselheiros e, tudo segue como se nada tivesse acontecendo. Os órgãos de controle como CORI, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Conselho de Ética são passivos. Os descontentes são minoria. Prevalece a velha política clientelista de carteirinhas, churrascos e amizade acima dos interesses do clube", diz trecho da publicação - confira abaixo.

Entre os problemas abordados por Ezabella, estão as dívidas da Arena, que já renderam dois processos da Caixa - a execução de mais de R$ 500 milhões e também R$ 48 milhões por parcelas atrasadas neste ano.

Outro ponto que ganha destaque é o contrato de patrocínio com o Banco BMG, que gerou uma série de dúvidas assim que foi confirmado - apesar dos R$ 30 milhões divulgados para a primeira temporada, o acordo prevê, na verdade, R$ 12 milhões por ano. E esse fato levantou preocupação sobre o futuro do clube dentro de campo.

"No futebol, continuamos torcendo e muito. Foram 34 jogos assistidos no estádio no último ano. Ainda há esperança de uma classificação para a taça libertadores. Mas sabemos que a cada dia que passa, do jeito que as coisas andam na parte administrativa, vai ficar mais difícil alcançar nossos adversários só com a força de nossa torcida, afinal, 'a bola não entra por acaso'", escreveu.

Ezabella, vale lembrar, foi o quarto colocado no último período eleitoral do Corinthians, com 461 votos (12,6%). Sanchez, o vencedor, ficou com 1235 (33,9%).

Confira a nota do candidato nas últimas eleições abaixo

Em julho de 2016 escrevi o “textão” abaixo. Era véspera da votação da alteração estatutária que acabaria, definitivamente, com o sistema de votação denominado “chapão” (chapa com 200 candidatos que, se eleita, levava todas as vagas).

Após 10 anos, o clube finalizaria as principais mudanças políticas estatutárias, ampliaria o ról de grupos políticos e, a partir de então, deveria voltar suas preocupações para uma renovação de valores, de perspectiva, de olhar e, principalmente, de gestão. Que era o momento de pensar em como criar novos mecanismos de transparência, de participação dos sócios-torcedores, de gestão profissional para nossos novos problemas. Falei ainda que “Se antes tínhamos tão somente o clube com a histórica “Fazendinha”, agora temos um Centro de Treinamento pronto e um outro a terminar, um moderno e grandioso Estádio, que pouco sabemos e mal temos as chaves. Se estivéssemos falando de informática, será que não seria a hora de usarmos novos softwares para esses novíssimos hardwares?”

Pois é, estamos chegando ao final de 2019 com problemas ainda maiores que os de 2016. A renovação política foi insuficiente, ou quase nula.

O “software” veio piorado.

A dívida, somando-se estádio e clube, deve chegar a R$ 2 bilhões!

Não há transparência e nem publicação de contas; não se segue o orçamento; não se verificam os balancetes; não há respostas sobre os requerimentos; não se fala a verdade aos conselheiros e, tudo segue como se nada tivesse acontecendo. Os órgãos de controle como CORI, Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Conselho de Ética são passivos. Os descontentes são minoria. Prevalece a velha política clientelista de carteirinhas, churrascos e amizade acima dos interesses do clube.

O estádio que antes pouco se sabia, agora se sabe, um pouco, pela transparência da execução judicial! Estava tudo em dia e, de repente, descobriu-se que era mentira. O tal “acordo” com a construtora é ainda segredo, bem como são secretas as contas e tudo mais que envolve a operação.

Durante esses três anos que se passaram, o Movimento Corinthians Grande solicitou diversos esclarecimentos sobre as confusões na eleição com as anistias irregulares, denúncia de compra de votos, empresários arcando com pagamento de mensalidades com depósitos a título de empréstimos na conta do clube, quebra quebra na apuração, fraude nas urnas; questionou-se as contas da Arena, a renovação do contrato da Nike até 2029, o confuso acordo de patrocínio com o banco BMG, os contratos rescindidos com a OMNI e a migração dos acordos para a IBM e Indigo, a farta distribuição de ingressos a conselheiros, diretores e assessores do clube, a finalização das obras referentes ao Centro de Treinamento da base, a contratação e registro de mais de uma centena de atletas para o profissional, sub 23 e para a base do futebol corinthiano e muito mais.

Diga-se: nenhuma questão foi plenamente esclarecida.

Estamos há muito tempo alertando sobre essa gestão temerária, irresponsável e nada transparente.

Está até chato só falar disso e da caixa preta do estádio. Em certo momento somos até acusados de “só escrever e não fazer nada”. Não sou conselheiro, mas como membro de um Movimento político de oposição fico pensando no que mais pode ser feito. Será que mais um requerimento para não ser respondido? Vamos votar novamente pela rejeição das contas, que não são prestadas?

O trabalho de convencimento dos associados e conselheiros é pouquíssimo eficaz, justamente pelo clientelismo. O clube cada dia tem menos associados pagantes e um déficit ainda maior. Mas isso não impede novas obras e melhorias, sem previsão orçamentária, para os poucos privilegiados agraciados.

A verdade é que o sistema vigente deixa os associados e conselheiros que não concordam com o modus operandi dos atuais gestores totalmente impotentes.

No futebol, continuamos torcendo e muito. Foram 34 jogos assistidos no estádio no último ano. Ainda há esperança de uma classificação para a taça libertadores. Mas sabemos que a cada dia que passa, do jeito que as coisas andam na parte administrativa, vai ficar mais difícil alcançar nossos adversários só com a força de nossa torcida, afinal, “a bola não entra por acaso”.

A cobrança tem que ser feita para que haja a participação de mais corinthianos. Essa é a renovação que o clube precisa, não a que está aí.

Veja mais em: Eleições no Corinthians e Andrés Sanchez.

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