Love é mais um jogador do Corinthians a enaltecer mudança de estilo: 'Recebíamos poucas bolas'
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Por Rodrigo Vessoni, no CT Joaquim Grava
A mudança de Fábio Carille por Dyego Coelho alterou o estilo de jogo do Corinthians, que passou a ser menos reativo, buscando a marcação mais alta e uma maior posse de bola. Assim como outros jogadores, Vagner Love enalteceu a mudança.
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira no CT Joaquim Grava, o Artilheiro do Amor não escondeu que era mais difícil para o centroavante o esquema anterior, que forçava uma ajuda maior na marcação adversária.
"Realmente, recebíamos poucas bolas. Somos três centroavantes de qualidade (citando Gustavo e Boselli). Se chegar no nosso pé, temos qualidade para fazer os gols. Treinamos para isso. Atrapalhou um pouco essa questão de só ter que marcar. Pouco abastecido, pouco municiado para poder marcar. Boselli recebeu bolas. Fizemos mais gols. Espero que isso continue acontecendo", afirmou o camisa 9, que depois ponderou:
"Eu sempre deixei muito claro para comissão técnica antiga e nas entrevistas que iria entrar em campo para ajudar. Se tivesse que marcar ou não. Desgaste é normal. Nunca me preparei para jogar numa posição que não a de centroavante, então é normal desgastar. Hoje com o Coelho fico mais próximo da área. Mais na minha posição. Atacante corre mais para frente para marcar. Isso nos facilita roubar a bola e ter força para finalizar melhor", completou.
Love tem cinco gols no Brasileirão, Boselli fez seis e Gustagol marcou apenas dois gols. Números baixos em comparação a outros centroavantes na competição nacional, ainda mais pelo fato de ter um potencial triplicado pelos três homens da frente.
"Graças a Deus, estamos tendo um entendimento bom do que Coelho tem pedido. Em determinados momentos do jogo, às vezes fazemos algo que era treinado com Carille. Cada um tem uma maneira de treinar. Vamos treinar bem para que a gente produza o que o treinador quer", afirmou.
O camisa 9 do Timão não escondeu que, vez ou outra, automaticamente, os jogadores se retraem em campo porque estavam acostumados a jogar com a marcação mais baixa.
"Jogo do Internacional, fizemos uma coisa que não tínhamos treinado. Jogamos atrás, recuamos e deixamos a equipe do Internacional ficar no nosso campo no primeiro tempo, apostando nos contra-ataques. É normal, até automático, porque ficamos dez meses com o Carille. Mas não é mais assim. Coelho está treinando e estamos mudando. Tanto que nesse mesmo jogo já mudamos nossa postura no segundo tempo", finalizou.