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Historiador lança biografia de Cássio e o coloca como maior goleiro da história do Corinthians

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Por Vitor Chicarolli e Rodrigo Vessoni, de Museu do Futebol, no Pacaembu

Celso e Cássio durante o evento de lançamento da biografia do goleiro do Timão

Celso e Cássio durante o evento de lançamento da biografia do goleiro do Timão

Rodrigo Vessoni/Meu Timão

Além de Cássio, a noite de autógrafos no Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu, também contou com a presença do jornalista e historiador Celso Unzelte, autor do livro "Cássio - a trajetória do maior goleiro da história do Corinthians", que foi lançado nesta segunda-feira e conta detalhes da história do goleiro que defende a meta do Timão desde 2012.

Em entrevista concedida durante o evento, Celso admitiu que não foi fácil chegar ao título da obra, mas ressaltou que ser maior não significa ser melhor do que outro goleiro que já defendeu a meta corinthiana. Ele lembrou de ídolos como Ronaldo Giovanelli e Dida ao explicar sua escolha.

"Comparando e sofrendo (cheguei ao título da obra). O Corinthians teve Gilmar dos Santos Neves, campeão pela Seleção, Ronaldo, uma bandeira da história do clube com seus mais de 600 jogos, Dida, um espetacular pegador de pênaltis e não só isso... mas Cássio é aquele que esteve presente de maneira decisiva em mais momentos importantes da história do clube. Esse foi meu critério. Nem sempre o maior foi o melhor, a gente vai apontar qualidade em todos os goleiros que citei, em todos os 113 da história do Corinthians, mas o Cássio é o mais marcante", disse.

"No Corinthians, nem sempre o melhor é o maior. Muitos ídolos sentiram essa camisa, independente da condição técnica, se tornaram imortais no imaginário corinthiano. Acho que o Cássio já faz parte desses imortais da história do Corinthians", completou.

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Diferente do que muitos leitores imaginam, o mais difícil para Celso Unzelte escrever o livro foi conseguir encontrar um tempo para conversar com o camisa 12 do Timão. O historiador, cabe destacar, ainda revelou que o próprio Cássio disse que não queria uma história apenas com bons momentos.

"O mais difícil foi pegar o Cássio, né. Ele tem uma vida agitada, terrível. Estamos fazendo o lançamento aqui e não faz nem 24h que ele estava jogando em Mirassol, perto de São José do Rio Preto. Semana que vem começa a jornada pela América do Sul, pela pré-libertadores, então o mais difícil foi conciliar agenda. O mais fácil foi deixá-lo falar, abrir o coração. Ele não esconde os erros e faz disso exemplo pra quem quer dar a volta por cima. Esse livro tem um pouco dessa função social, pelas pessoas que se espelham no ídolo perceberam que nem só de vitórias é feita avida até de um ídolo. Foi uma das primeiras coisas que ele me falou, que não queria uma biografia chapa branca, que contasse só loucuras e vitórias, não queria que a obra se resumisse a isso. E nem eu queria, queria algo autêntico, como ele é, e isso facilitou", expôs.

"Ele falou tudo. Talvez a gente tenha colocado algum 'se não', pelo trabalho dele, o futuro a gente nunca sabe, o trabalho dele dá um respaldo, segurança, do lugar que ele ocupa hoje no coração do torcedor corinthiano. Independente do que possa vir a acontecer, ele já alcançou o máximo, que é título do Mundial. O que ele pode fazer é repetir o feito, que não seria pouco para ele. Acho que isso dá uma segurança grande, é uma situação diferente de quem ainda está construindo uma história. Ele já chegou ao topo", acrescentou.

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Por fim, Celso Unzelte também se aprofundou no tema de maiores jogadores da centenária história do Corinthians. Para o jornalista, então, Cássio compete com grandes nomes, como Rivellino e Sócrates, mas fica em desvantagem porque não faz gols. Por outro lado, ele os evita. E isso é um diferencial na trajetória do goleiro no Parque São Jorge, que foi comparado até com Neto e Marcelinho Carioca.

"Maior que o Cássio, talvez até pela posição dele, o Corinthians teve muitos. Rivellino, Sócrates, é difícil competir com quem faz gol. Mas o Cássio os evita, e fez e faz isso de uma maneira que marca gerações. Acho que aquele que pretender ter um lugar desse, vai ter que deixar seu nome na história seja fazendo gols ou evitando-os. E ele tem defesas equivalentes a gols marcados. Aquela do Diego, contra o Vasco, é muito mais lembrada que muitos gols. As muitas defesas dele contra o Chelsea, todas as outras, são gols. Não diretamente, mas marcou. Aquele que pretender lugar desses na história de um clube, precisa disso, marcar seu nome na história com seus atos, e isso ele já fez, independente do que vier a acontecer", pontuou.

"Tem a questão dos números, mas acho que o que conta a favor de Ronaldo e Cássio é o tempo de casa. Mais que isso, o Ronaldo é feito em casa, o Cássio, não. O Dida foi marcante, intenso, mas veio de fora e ficou pouco. Ele foi mais como Neto, em relação ao Marcelinho, pro exemplo. Intenso, mas mais curto. O Cássio tem números ao seu favor. Ronaldo é o que mais jogou pelo Corinthians, mas o Cássio também já passou das 450. A média de gols sofrido pelos dois, é inferior a um. Tudo isso acaba conspirando a favor do Cássio", finalizou.

Cássio chegou ao clube paulista em 2012 e já soma 418 jogos disputados com a camisa corinthiana. Neste período, cabe destacar, ele levantou nove taças pelo Corinthians: Paulista (2013, 2017, 2018 e 2019), Brasileiro (2015 e 2017), Libertadores (2012), Mundial (2012) e Recopa Sul-Americana (2013).

Veja mais em: Cássio, Fatos marcantes e História do Corinthians.

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