Análise: Corinthians repete aposta em 'Bosellove', mas precisa ajeitar seu contra-ataque
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Por Tomás Rosolino, de Estádio do Morumbi
O Corinthians voltou a apostar em um esquema com dois atacantes e criou as chances necessárias para sair do Morumbi com um resultado melhor na noite deste sábado. Sem a efetividade do ataque, principalmente de Mauro Boselli, o Timão acabou ficando no 0 a 0 em duelo equilibrado. A seu favor fica o fato de não ter ficado recuado durante o duelo.
O primeiro tempo do Corinthians mostrou mais uma vez um 4-4-2, com Yony González estreando pelo lado esquerdo e Luan sendo deslocado para a direita no momento defensivo, com liberdade para circular quando o time tinha a bola, abrindo espaço para as descidas de Fagner no setor.
A ideia claramente foi travar a saída do São Paulo pelo meio, deixando sempre um jogador a cargo da marcação de Tchê Tchê (na maioria das vezes, Vagner Love. O problema foi, porém, na saída de bola corinthiana, bem pressionada pelo adversário. Cantillo e Pedro Henrique erraram passes no campo de defesa e deram aos donos da casa a chance da transição rápida.
Contou a favor do Timão a rápida recomposição, sempre com um jogador chegando para atrapalhar o são-paulino que tivesse a bola. No lance mais importante, Camacho aproveitou que Hernanes deu um toque para ajeitar dentro da área e desarmou limpamente o meia adversário na marca do pênalti.
O Corinthians conseguiu sair da marcação pressão nos minutos finais do primeiro tempo, o bastante para conseguir dois lances de muito perigo, ambos em longas inversões. A primeira de Cantillo para Fagner, que deixou Boselli cara a cara com Volpi. O argentino perdeu e, antes do intervalo, viu Piton receber boa inversão do colombiano, mas cabeceou para fora, livre de marcação.
O Timão voltou para a etapa final com a mesma formação, apostando no final de primeiro tempo forte. E os primeiros dez minutos foram de boa posse de bola e pressão dos visitantes, rodando a bola na entrada da área do São Paulo e tendo chances de finalizar com Boselli e Yony González.
Nunes começou a mexer na equipe, preferindo tirar Vagner Love e depois Yony González, mesmo com Boselli sofrendo para atuar no contragolpe. Luan e Pedrinho tiveram duas chances de invadir a área, ambos derrubados na entrada da área. O camisa 7 quase deixou o seu, mas Volpi fez excelente defesa.
O Corinthians ainda sofreu pressão no fim, sem ter escape no contra-ataque, e poderia ter se dado mal em vacilo da defesa, quando Igor Gomes entrou na área e Camacho tocou o são-paulino por trás. O árbitro, porém, não viu pênalti.