O técnico Tiago Nunes falou com a imprensa após o empate por 0 a 0 na noite do último sábado, no estádio do Morumbi, e voltou a demonstrar confiança na capacidade do seu elenco se reerguer na temporada. Para ele, atletas renomados, com experiência de Copa do Mundo, ajudam nesse desafio.

"Nós temos jogadores que já disputaram Copa do Mundo, já foram campeões mundiais, Libertadores da América, Brasileiro, Copa do Brasil, Sul-Americana... são jogadores de muita cancha para sustentar um momento difícil", avaliou o comandante, revelando um papo com os atletas.

"Eu falo a gente, é comissão técnica, jogadores, todas as pessoas que estão no mais alto nível. A gente já superou muitos obstáculos para estar aqui. Não é uma eliminação, por mais que seja um momento importante do clube, que vai tirar nosso foco e nossa ambição. E esse foco foi o discurso para os nossos jogadores", continuou.

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Nunes acredita ter a missão de sempre fazer o elenco competir por cada posse de bola, ainda que não esteja atuando no seu melhor nível. É essa a procura da comissão técnica para os próximos jogos.

"A gente sabe que o DNA do Corinthians passa por jogar bem, que é o que a gente busca, mas principalmente, competir. Correr no campo, se doar ao máximo, sabe? E a demonstração que o torcedor nos deu após a desclassificação na última quarta-feira, nos aplaudindo pelo quanto os jogadores se esforçaram, mostra que a gente tem que tentar repetir isso todo jogo", relembrou, citando os desafios de mudar a cultura do time.

"É um desafio que possa implementar essa maneira de jogar (marcação alta). Temos jogadores para fazer esse tipo de jogo. Mas é uma cultura enraizada e precisamos de tempo, de número de jogos para ir mudando e repetindo. Você precisa jogar e errar muitas vezes para mudar a cultura", concluiu.

Elenco exemplar

Para Nunes, o elenco alvinegro tem se mostrado exemplar na hora de absorver as ideias que têm sido passadas pela comissão técnica. Segundo ele, até os nomes mais experientes têm mostrado evolução no novo estilo.

"A gente joga com dois volantes técnicos, competitivos, com e sem a bola, mas dão ênfase à qualidade de jogo. Expõe mais o Gil para jogar e tem feito ações bacanas. O Cássio tem jogado pressionado. Vão acontecer erros e precisamos suportar as críticas por essa mudança de cultura", enumerou Nunes, confiante para a sequência do ano.

"O processo de aprendizagem passa pela repetição e humildade de quem está recebendo a informação. Os jogadores são humildes para tentar fazer. Mas uma reação cotidiana na sua casa, quando se sente acoado, normalmente você acaba fazendo o que mais fez na carreira. Tem momentos no jogo ainda quando a cabeça não consegue pensar ainda você recorre a ações que não estamos tentando planejar no momento", encerrou.

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