Da defesa ao ataque: entrevistas indicam focos do Corinthians em semana de treinos
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Por Andrew Sousa
Depois de empatar com o Santo André por 1 a 1 e ver sua situação se complicar ainda mais no Paulistão, o Corinthians tem um importante período para trabalhar até o próximo ao jogo. Ao todo, são nove dias de intervalo, que devem ser de trabalho intenso para Tiago Nunes.
Mesmo antes do decorrer dos treinos visando o embate contra o Novorizontino, em 7 de março, é possível desenhar alguns dos principais focos do comandante para as atividades. Tudo isso baseado nas entrevistas que ele e seus jogadores deram após o empate de quarta-feira.
As entrevistas e suas dicas sobre a semana de treinos do Corinthians
Estilo mantido
Mesmo com apenas quatro vitórias na temporada e extremamente pressionado por resultados, Tiago Nunes não deve usar os dias de trabalho para implementar uma outra ideia. Questionado se poderia retomar a filosofia mais reativa de outrora ao menos para somar pontos, o treinador descartou a ideia. Os dias, então, tendem a ser de repetição.
"Eu mudaria a maneira de jogar se visse que não há produtividade, sem problema algum. Estamos produzindo, mas sem eficácia. Ficamos mais tempo com a bola que o rival, finalizamos mais, sofremos poucos chutes ao nosso gol. Ou seja, não vejo razão para mudar se estamos próximos de vencer com essa ideia", pontuou durante sua coletiva.
Pé no freio com atacante
Os próximos dias também devem ser de trabalhos físicos para Yony González. Contratado recentemente junto ao Benfica, ele estreou com pouco tempo de treino e, segundo Tiago Nunes, teve processo "atropelado". Com isso, pode ser que o colombiano perca um pouco o espaço num primeiro momento. Janderson, que entrou bem na quarta-feira, surge como alternativa.
"Atropelei a preparação do Yony, a melhor preparação. Vinha de tempo parado. Vi que força e velocidade seria importante naquele momento. Ainda estamos carentes de ver qual jogador se encaixa nessa profundidade. Atropelei a preparação dele. A responsabilidade da má performance é minha", afirmou o comandante.
Foco atrás
A semana do Corinthians também deve ser de intenso trabalho defensivo. Após empate contra o Santo André, quando o gol adversário veio em lance de bola parada, Gil e Pedro Henrique cobraram mais atenção nesse tipo de jogada, que tende a ganhar foco especial visando a sequência da temporada.
"Incomoda bastante. Eu mesmo fico me remoendo quando tomamos um gol. Mas estamos nos cobrando, fazendo tudo certo e chega na hora do jogo tomamos o gol em um momento de desconcentração. Não adianta achar culpado agora, é todo mundo junto para que isso não venha mais a acontecer e que voltemos a vencer o quanto antes", afirmou Gil.
"Nossa preocupação é achar um padrão nisso. Se acha, consegue atacar de maneira mais pontual. Hoje foi gol de bola parada, bola de primeiro pau. Erro de sintonia de descer da linha, que não vinha acontecendo", completou o técnico Tiago Nunes.
Eficiência precisa aumentar
Não só na defesa que o Timão tem encontrado problemas. Na quarta-feira, a equipe foi dominante e finalizou dez vezes mais que o adversário, mas teve nível de aproveitamento baixíssimo, como de costume na temporada. Embora zagueiro, Pedro Henrique cobrou melhora dos chutes, algo que deve ser bastante trabalhado nos próximos dias.
"Acho que falta um pouco de sorte até, oportunidades estamos tendo. Love teve uma, fora as outras. Foram nove chances reais de gol, 19 finalizações, a gente viu ali no vestiário. É um número muito alto, sair um gol só é complicado. Vamos melhorar isso e a sorte vai nos ajudar no próximo jogo, vamos reencontrar a vitória", disse o camisa 34.
Briga no ataque
Se o aproveitamento nas finalizações passa pelos jogadores, também é válido destacar a luta por posições que deve se intensificar durante o período que antecede o embate contra o Novorizontino. Em sua coletiva, afinal, Tiago Nunes deu a entender que opta por Love ou Boselli de acordo com a característica do jogo. Autor do gol de empate contra o Santo André, o argentino ganhou pontos para, quem sabe, retomar a titularidade.
"Levando em consideração o encaixe do Santo André, optei pelo Love por ele ser mais de movimento, para que o Yony pudesse fazer movimento de infiltração. O Luan e o Pedrinho, idem. Mudança de característica, depois o Boselli entrou. É um dos artilheiros do campeonato, foi titular em quase todos os jogos desde a Florida Cup, mas isso não o credencia para ser titular sempre. Tem jogos com características que implicam em decisões do treinador", justificou.