Multicampeões pelo Corinthians, o volante Ralf e o meia Jadson foram dispensados pelo técnico Tiago Nunes no início desta temporada. A saída da dupla, é claro, dividiu opiniões de jogadores e até mesmo de funcionários do clube (veja no vídeo abaixo). Em entrevista concedida ao Meu Timão, o ex-corinthiano Jô opinou sobre a situação e não escondeu certa tristeza com as despedidas.

"É difícil falar de fora. São colocadas diversas questões, quem está ali dentro pode falar melhor. Não sei o que realmente aconteceu, cada um tem uma versão. Olhando de longe, é claro, são duas pessoas que são ídolos do clube. Tive o prazer de jogar apenas com um deles, que foi o Jadson, que me ajudou muito em 2017 e também ajudou o Corinthians em várias fases. Para a torcida é uma perda grande, mas cada treinador tem uma característica e um modo. Pelo que consegui acompanhar, as características não se encaixavam com o que o Tiago gostava. Temos que respeitar, mas fica a tristeza para o torcedor por ser dois jogadores que foram ídolos", disse.

"Talvez para o Ralf e para o Jadson poderiam ter suas respectivas saídas conduzidas de outra maneira, mas isso cabe a diretoria. Eles ficaram tristes e, eu como torcedor, queria ver eles dentro do clube. Mas respeito a escolha do Tiago. Isso acontece no futebol", completou.

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Não bastasse a má fase dentro de campo, o Corinthians vive dias conturbados nos bastidores. Diversos protestos contra a atual diretoria alvinegra marcam os meses que antecedem as eleições presidenciais, que acontecem em novembro. E o atacante Jô também falou como é atuar pelo Timão em meio a uma crise política.

"Os jogadores precisam saber separar as coisas. Quem conhece o Corinthians sabe como é que é. Quem vive há muito tempo ou já jogou ali por muitos anos sabe que ano de eleição é assim mesmo, é cobrança", pontuou.

"Os torcedores vão protestar mesmo e é o direito deles, eles querem o melhor para o clube. Isso é normal. No Corinthians, isso acontece há muito tempo e sempre vai acontecer. É um time grande, o time do povo. Sempre vai ter pressão e o jogador tem que saber que isso vai ter acontecer. Basta saber separar questões políticas com o lado do futebol. Precisa respeitar cada profissional e fazer seu trabalho. Corinthians é isso, é um time grande, que você se sente naquela cobrança de todo dia precisar mostrar que você merece estar ali vestindo essa camisa", concluiu.

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