O Corinthians segue com suas atividades suspensas no CT Joaquim Grava e, assim, os jogadores cumprem quarentena treinando em casa. De olho no retorno das atividades, o médico Ivan Grava projetou o que pode ser feito para que os atletas voltem para a rotina de treino sem perigo de se infectar.

"Até o momento, a informação que nós temos é que no dia 15 haverá uma reunião dos diretores para definir quando será a volta", iniciou o médico do Corinthians em entrevista ao Blogoleada TV.

No Brasil, a pandemia do coronavírus começou mais tarde que nos países europeus. Com isso, as atividades do Corinthians estão suspensas há cerca de um mês e os jogadores entraram em férias no último dia 1. Na Alemanha, país que sofreu menos com o Covid-19, alguns clubes já retomaram as atividades. Esse cenário foi avaliado por Ivan Grava, que fez um paralelo com a situação do Corinthians.

"Eu fiquei sabendo esses dias que o Bayern voltou, mas eles estão treinando em pequenos grupos e fizeram o teste em todos os jogadores, pelo que me informaram o teste rápido, que é aquele que indica se já existe na pessoa a imunidade contra a doença. Na Alemanha, a curva foi menor, com menos casos, e teve um teste em massa, então houve um número menor de casos e uma progressão menor, por isso acredito que eles voltaram. Nós, no Corinthians, estamos conversando para criar um protocolo nosso para, quando voltar, voltar da maneira mais segura para todos os jogadores. Estamos estudando algumas alternativas, principalmente esse teste rápido, mas ele também é novo e tudo que é novo exige cautela. Estamos estudando, buscando informações, para fazer isso tudo da melhor forma. Testar os jogadores com esse teste rápido e também fazer uma programação de treinos em grupos menores, horários separados, não retornar pessoas de risco - não só jogadores, mas funcionários, staff, todos de risco. E quando voltar, voltar com a melhor segurança possível", analisou Ivan, que logo em seguida explicou sobre o teste rápido.

"Pelas informações que tenho, conversei no laboratório, ele sai em poucos minutos, por isso o nome. Ele é feito com uma gota de sangue da pessoa e mostra se você já tem a imunidade contra o coronavírus, não se você tem o vírus. Ele mostra se você já teve o contato e está imunizado. É diferente do teste que é o teste do diagnóstico, feito via oral e mandado para o laboratório para ver se a pessoa tem a doença".

Projetando treinos especiais, com grupos e horários diferentes, o médico revelou não ter sido decidida ainda sobre uma possível estadia dos atletas no próprio CT, mas relembrou que isso seria uma aglomeração, o que vai contra a orientação da Organização Mundial da Saúde.

"Aí é que está, deixar todo mundo concentrado, no mesmo local, se um pega passa para todos, é aglomeração. Em concentração se tem aglomeração. E com os familiares eles já têm contato, então não temos certeza do que fazer. O que pensamos é isso dos testes, saber com quem podemos ficar mais tranquilos, quem já pegou e já passou. Existem casos leves e casos graves, e é com esses a nossa preocupação. A partir do momento que ele tem a imunidade, fica mais fácil liberar, e quem não tem tomaremos mais cuidados e daremos orientações", finalizou o médico.

Veja mais em: Departamento Médico.