Ainda não há previsão de quando a bola voltará a rolar no futebol brasileiro. Mesmo assim, o volante Camacho já consegue concluir que os jogos serão realizados sem a presença de público depois da paralisação pelo surto do novo coronavírus.

Nesta terça-feira, o jogador de 30 anos lamentou o fato de poder entrar em campo com as arquibancadas vazias, mas ressaltou a importância desta decisão diante da atual situação do Brasil em meio à pandemia.

"O último jogo que a gente teve, contra o Ituano, foi com portões fechados e não foi a mesma coisa. Futebol é feito para a torcida, ainda mais a do Corinthians, que sempre nos ajuda muito, lota os estádios. Futebol é feito para eles. Mas é muito complicado, acredito que no começo vai ser assim (com portões fechados). Ou é assim ou não vai ter futebol", disse em entrevista à Rádio Transamérica.

Na sequência, Camacho reforçou que não sabe quando retornará ao CT Joaquim Grava. De início, o clube havia agendado a reapresentação do elenco comandado pelo técnico Tiago Nunes para o próximo dia 1º. No entanto, isso não deve acontecer.

"Espero eu que termine logo, ninguém me deu uma posição. Estou em São Paulo, esperando o que o clube vai decidir. Estou conseguindo treinar de manhã e esperando para ver quando tudo vai acabar. O que foi passado para a gente é que, a princípio, seria dia 1º. Mas não acredito que seja agora. Até agora está tudo muito indefinido", expôs.

"Por ser uma coisa nova, ninguém está sabendo como lidar, nem explicar o que vai acontecer. Na minha opinião é muito difícil voltar a gora, São Paulo é uma região delicada. A gente quer sempre voltar, para jogar e continuar treinando, mas acho que agora é muito difícil", completou.

Questionado sobre a possibilidade de treinar sem ter contato com seus companheiros de equipe, o volante ressaltou a dificuldade, mas sugeriu uma ideia para o clube implantar no retorno das atividades nas dependências corinthianas.

"Não é possível fazer isso na hora do treino, que iremos treinar com bola em campo. Por isso tempo que voltar num momento mais seguro, mas manter a distância no futebol nunca será possível. Se dividisse o grupo em alguns turnos, e treinos com um grupo menor de pessoas, ai poderia evitar alguma coisa nesses primeiros dias que vai ser uma nova pré-temporada. No campo não dá para evitar contato", concluiu.

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