Na noite desta terça-feira, o ex-presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, demonstrou que o pênalti perdido por Alexandre Pato, em 2013, ainda não saiu de sua memória. Mesmo sete anos depois, o ex-mandatário não poupou críticas ao relembrar o lance em que o atacante deu uma cavadinha e viu Dida defender a penalidade na Arena do Grêmio.

"Não vou nem falar que é um jogo super importante de Copa do Brasil. Vamos falar que é um jogo que estamos brincando com os amigos, na pelada da semana, na quadra à noite. Tudo legal, vale a cerveja, o churrasco, qualquer coisa. Você vai perdoar um cara que bateu o pênalti daquele jeito? Brincando, você perdoa?", disse, em entrevista ao vivo no canal do jornalista Jorge Nicola.

"Isso não é brincadeira, nem o Pelé, que é o Pelé, eu vi fazendo uma graça daquela. Quem é o Pato para querer fazer aquilo? Está de brincadeira? Achar que é normal? Normal? Ele está de brincadeira!", completou.

Na época, Roberto de Andrade era diretor de futebol do Corinthians. Ele assumiu a presidência pouco depois, em 2015. Para ele, a eliminação da Copa do Brasil foi um dos momentos de maior raiva que ele passou na sua história no futebol. O ex-presidente também comentou sobre o ambiente após o ocorrido e se existiu ou não um boicote a Pato, atualmente no rival São Paulo.

"Perder é normal, no jogo, bola na trave, paciência, é futebol. Mas jogar fora, desculpa, mas não dá para entender. Aí você fala: 'O ambiente ficou ruim para o lado dele'. Pô, só faltava ficar bom!", disse.

"Eu não via isso (boicote) no dia a dia, juro por Deus que eu não via. Lógico que no futebol tem sempre dois ou três que têm uma amizade maior, mas não quer dizer que com os outros ele vai brigar. Nunca teve isso (inimizade com outros atletas)", completou.

Por fim, Roberto de Andrade ainda criticou o atacante por não ter aceitado uma proposta da China, em 2016. Na época, Pato recusou uma oferta milionária alegando que "a namorada não queria", segundo o ex-presidente. O curioso é que seis meses depois ele assinou com Tianjin Tianhai.

"Tivemos uma oferta da China fora de série, para o clube, para ele. Era muito dinheiro, 12 ou 13 milhões de euros. Ele disse que não ia, porque a namorada não queria, etc. Fizemos uma operação e ele foi para a Espanha. Muito menos de um ano, ele foi para a China. Aí de repente ficou tudo bom. Jogador, quando quer prejudicar um clube, ele prejudica. Quer dizer, não faz nada para ajudar. É muito fácil culpar o dirigente, mas e o jogador?", finalizou Roberto de Andrade.

Alexandre Pato disputou 62 partidas com a camisa do Corinthians. No período, foram 17 gols marcados.

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