Com as conversas cada vez mais intensas para tratar do retorno aos treinos, não é só o futebol masculino que se enche de expectativa pela volta. De olho na situação da principal modalidade do clube, a equipe feminina do Corinthians também quer retomar a rotina em breve. Quem diz isso é a zagueira Érika.

"É difícil falar nesse momento, que é atípico para todo mundo. Temos que esperar para ver o que vai acontecer. Esperamos que o Governo possa liberar de alguma forma. Claro que temos que ver as questões de segurança, mas o Corinthians vai ter que voltar. Estamos esperando o masculino, para que a gente possa voltar com o feminino. Temos esse respaldo da nossa diretora, que é a Cris. Ela sempre está passando isso para gente nas reuniões. Nem tudo a gente sabe, infelizmente, mas precisamos esperar. Está difícil para todo mundo. Ter que treinar em casa, eu tenho oito metros aqui apenas para treinar. É difícil", pontuou, em entrevista à Bandeirantes.

"Estamos esperando pelo momento que o governo libere o masculino para que a gente também tenha essa possibilidade de retomar com toda a segurança. Nossa diretora está nos passando tudo isso aos pouquinhos, do que está acontecendo, como se portar diante dessa situação delicada", completou.

Apesar da ansiedade pelo retorno, Érika ressaltou que o trabalho do Corinthians tem sido bem feito durante a paralisação. Questionada sobre o repasse de verba de auxílio distribuída pela CBF aos clubes do país, a defensora valorizou a direção alvinegra.

"Muitas jogadoras receberam sim esse benefício, os clubes repassaram. Outras, infelizmente, não receberam. Sabemos como funciona. Na diretoria de vários outros clubes, existe o futebol feminino, mas é como se não existisse. Os próprios diretores ainda tem a dificuldade de manter e ajudar o futebol feminino para crescer. Fico feliz de estar no Corinthians, porque é completamente diferente", destacou.

"A cabeça da nossa diretora, do staff, de todo o departamento é volta realmente para nós e a gente vê a evolução da modalidade. Então esse dinheiro é repassado para as atletas, mas sabemos que isso não acontece em todos os clubes. Muitas meninas estão passando necessidade, mas de alguma forma a gente tenta ajudar. Arrecadas camisas, fazer sorteio. Espero que possa melhorar tudo isso", concluiu.

O futebol feminino, cabe destacar, foi paralisado junto com o masculino. Apesar disso, o tempo sem jogos do Timão é maior na modalidade: o último jogo foi em 29 de fevereiro - até aqui, foram quatro partidas na temporada, com três vitórias e uma derrota.

Veja mais em: Corinthians feminino, Erika e Pandemia do coronavírus.