Preparador do Corinthians projeta jogos-treino 'internos' e possível volta das partidas oficiais
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Por Meu Timão
Elenco deve fazer jogos-treino para aumentar ritmo dos trabalhos visando a volta
Rodrigo Coca / Agência Corinthians
Após uma semana de trabalhos físicos no CT Joaquim Grava, o Corinthians voltou a treinar com bola na última quarta-feira. Como não pode disputar amistosos preparatórios por conta dos protocolos do novo coronavírus, o clube deve fazer uma série de partidas entre o próprio elenco, agora maior pela chegada de quatro jogadores da base.
"Temos jogadores que subiram da base, porque ainda não retornou atividade lá, não estão treinando, então queremos jogo-treino dentro do próprio grupo, temos 29 jogadores mais ou menos, a ideia é estimular isso com jogadores do grupo hoje", afirmou o preparador físico Michel Huff em coletiva virtual publicada pelo Corinthians.
Com os jogos e os demais trabalhos, o profissional alvinegro espera que o clube tenha mais de 20 dias de preparação antes da volta oficial das partidas, que segue sem data confirmada - a CBF cogita começar o Brasileirão em agosto, mas o Timão já sinalizou negativamente.
"Eu como profissional do futebol e professor de educação física sempre vou priorizar a saúde, física e mental. Agora, em relação a opiniões, aqui sempre fomos ouvidos, acreditamos que nossos representantes levam nossas opiniões para as definições do futebol brasileiro. Em outras instituições, não posso dizer como é a avaliação e como tem sido as definições. Sempre temos contato, interagimos com a direção, e isso é o mais importante. Sobre tempo de treinos e quando estarem prontos, trabalhamos de 25 a 30 dias, que pensamos ser o ideal para uma atividade de reinicio de jogos. Quando fazemos uma pré-temporada, por exemplo, a gente faz amistosos, como nossa preparação em janeiro, na Florida Cup. Nesse momento, não temos essa possibilidade, pro todas as medidas e protocolos, então é muito difícil, temos que tentar não criar polêmicas, não expor ninguém e sim achar um denominador comum para que todos façam sua parte", pontuou.
"O tempo de parada foi muito grande, não temos duvida que isso foi algo que muitos jogadores nunca tiveram passado antes, um período tão grande de parada, por mais que eles estavam treinando, não é o mesmo condicionamento e estimulo físico que eles recebiam no programa de treinamento em residência, então precisamos ter esse cuidado, fazer isso da melhor maneira, e acredito que já passou uma semana de avaliação, iniciamos agora com bola e essa ênfase na prevenção e também no evitar lesões. Aumentou a carga de treino, com adaptações, acreditamos que vamos passar por isso com a melhor maneira de fazer isso", completou.
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O elenco, cabe lembrar, tem feito trabalhos físicos em casa desde a paralisação do calendário, há mais de três meses. Apesar disso, o preparador ressaltou a enorme diferença dos trabalhos em casa e no CT, onde há acompanhamento e uma estrutura melhor para as atividades.
"É uma situação nova pra todos, né, o futebol moderno nunca enfrentou nada disso. As maiores diferenças que vejo são sobre espaço temporal. Dentro de casa, não se atinge a velocidade de um treino com bola. Eles nem tiveram oportunidade de fazer isso em casa. Outra coisa é que o jogador de futebol trabalha em coletivo, não individualmente. Até os esportes individuais tem companhia. E o mental também, trabalhar sozinho em casa, no ambiente. E outro detalhes, frequência cardíaca, carga de treino... tentamos adaptar, mas nada que se compare a vir aqui e treinar no CT", concluiu.
