Tiago Nunes analisa Corinthians 'mais defensivo' e reforça favoritismo do Bragantino no Paulistão
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Por Vitor Chicarolli
Tiago Nunes analisa decisão pelo Paulistão nesta quinta-feira
Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Tiago Nunes voltou a reforçar que o Red Bull Bragantino é favorito nas quartas de final do Campeonato Paulista. Em entrevista concedida nesta quarta-feira no CT Joaquim Grava, o treinador também ressaltou a boa campanha do próximo adversário do Corinthians na competição.
"Eu coloquei o Bragantino como favorito por questão óbvia. Eles são o líderes geral da primeira fase, é natural que tenha favoritismo. Eu tento me blindar sobre as repercussões, mas o rendimento deles é inegável. O que me preocupa é o Corinthians, é estar bem, fazer bom jogo, estar concentrados, a camisa do Corinthians nos pede que a gente busque as vitórias. É com os jogadores, vamos dar suporte para que as coisas corram bem", disse.
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Na sequência, o comandante alvinegro avaliou o desempenho do Timão. Há de se ressaltar que a equipe corinthiana conquistou apenas quatro vitórias, cinco empates e sofreu três derrotas em 17 jogos disputados na fase de grupos do Paulistão.
"Quando falamos de estatística, tem que ter cuidado de lembrar que temos um rendimento, em termos estatístico, dentro dos jogos, superior aos adversários. Raramente foi abaixo, menos no resultado, que é o número importante. Criamos chances na maior parte, volume do jogo, e não venceu. Nesses dois últimos, não fizemos boas partidas, mas vencemos. Então o que me importa é que internamente nós estejamos bem", expôs.
"Mas temos que dar confiança internamente para seguir buscando as vitórias. Estamos, praticamente, iniciando do zero por causa da pausa. Não só nós, mas a oscilação é normal, a ideia não mudou desde o primeiro jogo. O que muda é a característica do jogador de acordo com a estratégia", completou.
Como o Corinthians atuou de forma mais defensiva nos compromissos pós-paralisação, contra Palmeiras e Oeste, Tiago Nunes destrinchou o que pensa sobre o estilo de jogo de seu time.
"Fui contratado por ter um perfil mais parecido com o que Andrés e Duílio queriam implementar. Na filosofia de jogo, você precisa entender o contexto do lugar que você está chegando, e tentar fazer a ideia tomar corpo no jogo. Reflexo do meu trabalho são os jogadores. Às vezes joga bem, às vezes não joga bem. O que é jogar bem? Vivemos um momento em que todas as pessoas são rotuladas, vivemos um mundo de rótulos", opinou.
"Em nenhum momento eu me rotulei um treinador ofensivo, sou um treinador desportivo. Ele passa pela capacidade técnica, de gestão, de fazer a equipe transitar em todas as ideias de jogo. Sei que o que m trouxe foram as atuações do clube anterior, ideias que carrego há uma década, mas tem um prazo, leva uma condição de carência para cumprir e colocar em prática. Mas leva tempo, são 10 a 12 anos numa ideia e de maneira imediata quer mudar. Vai ter alternância de ritmo, momentos bons e ruins. O que é mais importante? Resultados ou ideias internamento construídas? Internamente a relação aqui é muito boa, isso é um processo a ser cumprido com naturalidade. Quando cheguei, falei em 30 a 40 jogos ver a naturalidade em campo. Com 14 jogos até agora, se cria uma exigência imediata de resultado. Está numa conta normal do processo de troca", concluiu.
