Arena Corinthians vazia realça liderança e ascendência de Cássio no grupo alvinegro
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Por Rodrigo Vessoni
Que Cássio é um dos líderes do grupo do Corinthians todo mundo sabe. Mas acompanhar um jogo no estádio vazio, como foi neste domingo, entre Corinthians e Mirassol, mostrou o quanto o goleiro tem ascendência, liderança e respeito dos demais jogadores dentro de campo.
Aquele goleiro que defende e faz defesas impossíveis - e, às vezes, também falha -, é apenas a parte que todo mundo vê. Mas sua função vai além. É dele muita orientação, incentivo, cobranças e reclamações.
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Dos jovens, como Carlos Augusto, aos experientes, como Luan e Gabriel... ninguém foi aliviado. Gritos e gestos para uma marcação mais firme, orientação para um posicionamento melhor na saída de bola ou simplesmente para pedir mais atenção após um erro mais bobo.
Cássio não sossegou embaixo das traves. Quase sempre ficou adiantado, acompanhando seus companheiros marcarem no campo adversário e cumprindo seu papel, o camisa 12 mostrou que a liderança fora de campo é apenas a extensão das quatro linhas.
Na hora do gol, de joelho para agradecer a Deus e uma corrida ao banco de reservas para dividir a alegria com seus companheiros. Num contra-ataque originado por um erro de passe, uma enorme bronca no meio de campo que não conseguiu bloquear a jogada. Até mesmo uma simulação de pênalti por parte de um adversário foi motivo de bronca do Gigante.
Em tempo: a reportagem do Meu Timão ficou 90 minutos de olho em Cássio. Em todas as intervenções, não houve sequer uma contestação, seja por gestos ou gritos. A voz de Cássio, no Corinthians, é a voz a ser ouvida. Seja quem for. Definitivamente.
Som fake
O barulho da torcida colocado nos alto-falantes da Arena Corinthians não ajuda. Para quem está no estádio, a impressão é que mais atrapalha do que ajuda. Não apenas por ser artificial, mas por ser confuso. O barulho da arquibancada é "ajudado" por torcedores que gritam de suas casas, conectados por videoconferência, e que ficam aparecendo no telão do estádio. Não se entende nada.
No jogo contra o Ituano, único sem torcida antes da paralisação, foi feito diferente. Era 100% grito da arquibancada, da massa de torcedores, o mesmo que se ouve durante o tour. Que fique a sugestão para a final do Paulistão.