Análise: Corinthians entra perdido e mostra que problemas vão além de Tiago Nunes
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Por Tomás Rosolino
Corinthians tentou se acertar na base da conversa, mas não conseguiu
Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O Corinthians entrou perdido em campo. Não por culpa de Coelho, que fez um treino apenas e mandou a campo um esquema tático semelhante ao usado contra o Palmeiras. Individualmente, o time mostra total falta de confiança na tomada de decisão e só conseguiu o mínimo de organização quando já estava atrás do placar.
O Timão precisa encontrar a maneira que quer encarar esse Brasileiro para não correr ainda mais risco de rebaixamento. É necessário estabelecer uma ideia de jogo, provavelmente mais conservadora, e tentar explorar seus pontos fortes.
O primeiro tempo mostrou um Corinthians com desenho tático semelhante ao do clássico com o Palmeiras, mas com Éderson sendo o responsável por exercer a válvula de escape no lado direito. O problema foi que, enquanto o volante esteve em campo, o Corinthians foi massacrado pelo adversário.
Espaçado e sem uma coordenação de movimentos necessária para sair da pressão do Fluminense, o Timão viu os donos da casa ficarem praticamente o tempo inteiro no campo de ataque. O gol ainda saiu de um lance inusitado, com Nenê chutando caído após rebatida na defesa, num misto de azar e mérito do meia.
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Coelho, sem paciência com os erros, tirou Éderson logo aos 18 minutos de bola rolando para colocar Everaldo. Com três jogadores leves, o time melhorou - era quase impossível piorar - e passou a empurrar o adversário para trás. Até o intervalo, porém, os únicos lances de perigo saíram nas bolas paradas de Otero.
Na etapa final, Coelho mandou a campo Mateus Vital, em mudança que este que vos fala achou boa. O meia cuida melhor da bola do que qualquer outra opção, mas faltou mais contundência à equipe paulista. O Fluminense melhorou sua atitude e não houve um cenário de pressão corinthiana.
O único grande lance construído saiu dos pés de Otero, ainda pouco participativo, mas já próximo de uma referência técnica. Ele girou sobre a marcação no lado direito, atravessou o gramado para receber de volta na esquerda e achou Michel Macedo livre. O gol até saiu com Everaldo, mas o lateral havia entrado um pouco antes da hora, em impedimento.
O Corinthians não conseguiu mais criar a partir dali, mesmo com as mudanças de Coelho. As mudanças no placar, em pênalti, para mim, inexistente para o Fluminense, e em jogada de desespero do Corinthians, não tiveram qualquer reflexo tático das equipes. É preciso melhorar muito.
