Andrés lamenta 'emboscada', diz que proibiram desembarque na pista e relata sensação dos jogadores
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Por Andrew Sousa e Rodrigo Vessoni
No último domingo, os jogadores do Corinthians tiveram que passar por uma situação delicada. De volta a São Paulo após derrota por 2 a 1 para o Fluminense no Rio de Janeiro, os atletas foram recebidos por forte protesto dos torcedores no Aeroporto de Guarulhos. Questionado sobre o fato, Andrés Sanchez classificou o momento como uma "emboscada" e revelou que tudo podia ser evitado, não fosse uma proibição da Infraero.
"Primeiro que é lamentável, até porque nós historicamente sempre atendemos os torcedores. Ser cobrado é normal, agora, ser intimidado e ser ameaçado não faz parte da torcida. Fazia anos que não acontecia isso. Foi uma emboscada. Os seguranças do aeroporto, polícia e do clube, falaram que tinham dez ou 15 pessoas e que poderíamos sair", relatou, em coletiva concedida na tarde desta terça-feira.
"Pedimos para sair pelos fundos, a a Infraero não permitiu. Saímos e aconteceu aquele absurdo. Tivemos que passar por esse papelão. Os jogadores estão assustados, muito tristes, eu também. O pior de tudo talvez tenha sido depois, nas redes sociais. É ridículo. Nas redes não se identifica, não sabe quem está falando. É perigoso. Os jogadores estão se recuperando e espero que façamos um grande jogo amanhã para o bem do Corinthians", completou.
O mandatário ainda relatou o que presenciou no aeroporto e relembrou a famosa invasão no CT Joaquim Grava em 2004.
"Dedo na cara, xingamento e cobrança desproporcional. A favor ou contra, sempre atendemos todos que quiseram falar com atletas e direção. Esperava que nunca mais o Corinthians passasse por isso. Ser cobrado, protesto, faz parte e é até bom, mas foi bem acima do que o clube estava acostumado. Desde a invasão, não acontecia algo desse tipo. Achamos que não foi feito da maneira correta", disse.
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O presidente ainda comentou os rumores sobre possíveis pedidos para deixar o clube após o acontecimento lamentável no aeroporto, que teve cobrança até para nomes que sequer estavam na delegação, como o suspenso Danilo Avelar e o lesionado Luan.
"Primeiro que o Avelar e o Luan não estavam no jogo e na delegação. Foi muito desagradável, porque sempre abrimos as portas para atender. Ser cobrado é uma coisa, ali foi intimidação, não condiz com a torcida nos últimos anos. Nenhum jogador pediu nada, estão tristes, assustados, mas amanhã vão estar recuperados para fazer um grande jogo. Ninguém pediu para ser negociado", concluiu, antes de falar sobre a pressão depois dos protestos, nas redes sociais.
"Os jogadores estão assustados, muito tristes, eu também. O pior de tudo talvez tenha sido depois, nas redes sociais. É ridículo. Nas redes não se identifica, não sabe quem está falando. É perigoso. Os jogadores estão se recuperando e espero que façamos um grande jogo amanhã para o bem do Corinthians", concluiu.