Rosa e marrom: como surgiram as cores do Corinthian-Casuals, inspiração da terceira camisa do Timão
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Por Tomás Rosolino
Rosa e marrom são as cores que prevalecem no uniforme do Casuals
Stuart Tree/Casuals
O Corinthians e a Nike devem lançar a nova terceira camisa do clube nesta quinta-feira, em homenagem ao Corinthian-Casuals, com cores que não são tão habituais para o torcedor alvinegro. Com presença do rosa nos números, de um marrom majoritário e de uma cruz azul clara, a camisa rememora a origens bem antigas - e uma inusitada alternativa econômica.
Fundamentalmente, o rosa e o marrom, cores do atual uniforme do time inglês, dizem respeito a uma mulher chamada Annie Marion. Annie Marion (mais tarde, Annie Haig Brown) era a esposa de William Haig Brown, diretor de um dos melhores internatos particulares da Inglaterra, Charterhouse, em uma época na qual os times amadores sempre angariavam atletas de escolas e faculdades.
Annie Haig Brown era conhecida por assistir a todos os jogos da Charterhouse com um xale rosa característico. O xale e sua dona tornaram-se tão sinônimos do time que, eventualmente, a decisão foi tomada e o kit escolar e as cores oficiais da escola tornaram-se rosa em sua homenagem.
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O local sempre foi uma escola de futebol e mantém conexões com o Corinthian-Casuals até hoje. Os dois continuando a jogar um contra outro a cada ano, dos poucos que ocorre desde a temporada de estreia do Corinthian, em 1884.
A conexão fundamental se deu porque Thomas Walter Blenkiron, outrora estudante da Charterhouse e dono de grande ligação com os diretores, prosseguiu seus estudos na Universidade de Cambridge. Enquanto na Universidade naquele ano, em 1883, fundou o Casuals Football Club.
Em possível homenagem aos Haig Brown, ele decidiu fazer as cores do Casuals predominantemente rosa - junto com o marrom também, numa escolha que seria fundamental na decisão das cores de um clube que sofria com as questões financeiras mais de 100 anos depois.
A alternativa barata
Desde a fusão oficial do Corinthian e do Casuals, no fim da década de 30, está escrito no estatuto que o clube deve jogar em rosa e marrom em todas as partidas competitivas. A ideia era que o branco do Corinthian FC fosse reservado apenas para jogos amistosos ou torneios - tal era a reputação do Corinthian FC, a camisa era considerada sagrada.
Ainda que houvesse algumas temporadas em que o clube jogava de branco, a decisão final por estabelecer o rosa e marrom saiu em 1997. Trevor Waller, gerente do clube, estava sentado em uma reunião do conselho discutindo as dificuldades financeiras. Trevor sabia que o clube precisava de um novo uniforme, mas também não estava disposto a pagar os custos.
Àquela altura dos anos 90, o clube só usava as camisas rosa e marrom quando havia um choque de cores, tornando-a praticamente a segunda camisa do clube. Trevor concluiu que, se o clube trocasse de volta para o rosa e marrom, não entraria em conflito com as cores de qualquer outra equipe. Dessa forma, só precisariam comprar um novo uniforme. Solução barata e que influenciou diretamente até a nova camisa corinthiana.
