Candidatos de oposição sobre o novo técnico do Corinthians: 'Responsabilidade é do Andrés'
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Por Rodrigo Vessoni
A eleição presidencial do Corinthians, marcada para o próximo dia 28 de novembro, voltou à tona nas últimas horas quando assunto do novo treinador da equipe ganhou as manchetes.
Tudo porque, a menos de dois meses para o pleito, há quem entenda que Andrés Sanchez deva contratar o profissional sem qualquer consulta aos candidatos da oposição, mesmo que o contrato ultrapasse o início do próximo mandato. Porém, há quem pense ao contrário.
O Meu Timão, então, foi atrás dos quatro pretendentes ao cargo máximo do clube para saber o que pensam sobre o tema. E as respostas (em ordem alfabética) foram as seguintes:
"Não poderia ter chegado a essa situação, deveria ter tido um planejamento para isso. Um técnico interino por um jogo, ok. Mas, quando resolveu trocar o antigo treinador, deveria ter pensado já no que fazer. Agora, é ele (Andrés) quem tome a decisão. Não estamos vivendo o momento lá dentro, ele quem deve contratar, até o fim do campeonato se for o caso. A partir daí, o próximo presidente vai tomar as rédeas. Agora, a responsabilidade é dele", afirmou Augusto Mello.
"Um dos sintomas de crise institucional é quando a sociedade começa a clamar para que outros setores tomem decisões pelo setor responsável, o que acontece no Corinthians não é fruto de 2020, é um resultado que foi semeado quando se escolheu ter os amigos ao invés de ter os melhores profissionais. É só olhar com cuidado por toda lista de profissionais que compõe o staff técnico do clube para entender quem hoje trabalha no Departamento de Futebol Profissional. É mais importante ser amigo de alguém poderoso no clube do que ter currículo na área ou histórico de sucesso no futebol... eu entendo demais o clamor pelo pedido de técnico e não me oponho a isso se for decisão de quem é o atual responsável pela gestão do clube... o técnico novo pode, eventualmente, melhorar, mas é cuidar dos efeitos do problema, pois a causa é a ausência de gestão", afirmou Mário Gobbi Filho.
"Não quero opinar na administração, o presidente (Andrés Sanchez, no caso) é quem deve tomar a atitude", afirmou Paulo Garcia.
"O presidente do clube deverá assumir a responsabilidade da contratação do treinador e não vejo a necessidade de ser consultado, mesmo porque o futebol é dinâmico e a gestão se encerra apenas no dia 03 de janeiro, com 14 rodadas do Brasileiro pela frente, além da Copa do Brasil. Se o treinador estiver fazendo o trabalho a contento deverá ser mantido até o 'final da temporada' para que se possa avaliar a continuidade ou não. Em tempos de pandemia e mudança do calendário do futebol, com a eleição sendo realizada no meio da temporada e a posse apenas na parte final do Brasileiro, não cabe aos postulantes qualquer ingerência ou interferência sendo o ônus e bônus creditado integralmente a atual gestão", afirmou Ricardo Maritan.
Em tempo: o candidato da situação, Duílio Monteiro Alves, apoiado por Andrés, está alinhado com qualquer decisão do atual mandatário, como não poderia ser diferente. Por isso sua opinião sobre o assunto não consta nesta matéria.