O motivo por trás do desabafo de Cássio após a goleada sofrida pelo Corinthians diante do Flamengo
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Por Rodrigo Vessoni
Cássio deu um forte desabafo após a goleada sofrida para o Flamengo. De toda a explanação, trechos como "nesse momento acho que estou sendo escudo", "a carga é muito grande" e "não vou deixar de estar aqui, de meter a cara, falar".
Mas se engana quem pensa que a chateação do Gigante está em cima das análises sobre seu desempenho em campo, das críticas por ter falhado ou não em gols tomados. O desabafo vai além das quatro linhas.
A reportagem do Meu Timão conversou com o estafe de alguns jogadores do atual elenco do Corinthians. De acordo essas pessoas que estão no entorno dos atletas, o desabafo do camisa 12 tem a ver com a falta de respaldo interno no CT após a saída do diretor de futebol.
Duílio Monteiro Alves, que deixou o cargo no início de setembro para se dedicar à eleição presidencial, era a voz atuante do departamento de futebol profissional, era quem tomava as rédeas e resolvia todos os problemas. Dos pequenos aos grandes.
Um exemplo disso foi contado por um dos empresários ouvidos pela reportagem do Meu Timão. Assim que a delegação chegou de Fortaleza, pairou no ar a dúvida se os jogadores poderiam ir embora do CT imediatamente ou se deveriam permanecer no local à espera de Mancini, que estava vindo de Goiânia.
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De acordo com esse empresário, com Duílio no CT, isso estaria definido com antecedência e a questão não causaria burburinho interno, com parte dos jogadores achando que poderia ir embora e parte acreditando que era necessário esperar a chegada do treinador.
Cássio, que está há nove temporadas do clube, já viveu momentos de maior organização interna e está irritado com a atual falta de respaldo no CT. O desabafo de um dos líderes do grupo não foi apenas pelas críticas que recebe pelo seu desempenho em campo... também foi um recado interno.
Em tempo: os responsáveis neste momento pelo departamento de futebol profissional do Corinthians são os diretores-adjuntos Jorge Kalil e Edu Ferreira, o gerente Vilson Meneses e Andrés Sanchez que, na função de presidente, tem outras inúmeras decisões a serem tomadas, inclusive no quinto andar do Parque São Jorge.