Carlinhos lamenta falta de chances no Corinthians e diz que boatos acabaram com sua imagem
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Por Meu Timão
Destaque do Corinthians na Copinha de 2017, Carlinhos foi tratado como grande promessa pela torcida alvinegra. Depois da campanha no torneio de base, os pedidos por uma chance no profissional passaram a acontecer com frequência, mas elas não vieram e ele se aproxima do fim de contrato com mais um empréstimo, agora para o Atibaia.
"Para mim, foi bom, um aprendizado, só tenho a agradecer o carinho que a torcida tem por mim até hoje. Foi uma experiência que eu tinha que passar para aprender e amadurecer. Desde que comecei a subir para completar treinos, sempre olhei muito a forma de jogar do Guerrero, depois observei muito Jô e Kazim, cada um com suas qualidades, com a proteção de corpo. Tudo foi aprendizado", lamentou, em entrevista ao GloboEsporte.com.
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Mais do que a falta de chances no grupo principal do Timão, porém, Carlinhos guarda com tristeza uma série de boatos que, segundo ele, o atrapalharam muito no início da carreira e até mesmo nos dias de hoje.
"Sempre trabalhei e fiz as coisas certas. O que mais me doeu foi que a mídia plantou um monte de notícia falsa sobre mim, que eu era cachaceiro, que eu não gostava de treinar, que era preguiçoso. Nunca fui isso. Como eu não ia querer treinar no Corinthians? Não tem lógica. Sempre quis estar onde eu estava. Me deram poucas chances, mas vou tentar em outros lugares. Estou feliz no Atibaia", afirmou.
"Sofri muito com isso, as pessoas me acusando. Agora amadureci e sei que é coisa do futebol, mas a gente é ser humano. Você já se sente mal por não estar jogando, aí vêm algumas pessoas me massacrar falando que eu bebia, que era baladeiro, sendo que nunca saí. Morava com meu empresário (Paulo César) em São Paulo. Não ia chegar às 4h morando na casa dos outros. Era do treino para casa, e da casa para a igreja, tanto que meu pai é pastor e sempre me pegou no pé para ir à igreja. Nunca fui de sair. Querendo ou não, acabaram com minha imagem. Muita gente falou de mim sem saber", completou.
Em seu primeiro empréstimo, para o Oeste, o técnico Fábio Carille justificou dizendo que ele estava abaixo "até em questão de comportamento". Questionado sobre a relação com o ex-treinador, o centroavante deixou claro que faltou uma comunicação mais direta.
"Carille comigo era mais fechado, nunca me chamou para conversar. O Osmar Loss (auxiliar na época e ex-técnico do sub-20) dava bastante puxão de orelha, sempre cobrava de mim, do Pedrinho, do Fabricio Oya. Me ajudou pra caramba", finalizou.
No profissional desde 2018, Carlinhos já passou por Oeste, Vila Nova, Novorizontino e Marcílio Dias. O empréstimo para o Atibaia tende a ser o seu último, já que o contrato vai até o fim desse ano e dificilmente será renovado.