Há 40 anos, Corinthians de Sócrates enfrentava o time do Maradona, sem o craque argentino
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Por Meu Timão
Maradona tinha apenas 19 anos, mas já despontava como gênio por ter sido campeão mundial sub-20 pela Argentina
Getty Images
Exatamente 40 anos atrás, no dia 21 de novembro de 1980, o Corinthians de Sócrates encarou o Argentinos Juniors de um então prodígio Diego Maradona, mas o duelo individual foi desfalcado pelo craque argentino. Por motivos pessoais, o canhoto não esteve presente na vitória por 1 a 0 do Timão sobre os hermanos, em duelo disputado na cidade de Manaus, no Amazonas.
A história desse duelo, vencido pelo Timão com gol do atacante Gil, o Búfalo Gil, foi relembrada recentemente pelo site da ESPN. O jornalista Rafael Valente entrevistou alguns envolvidos no embate que reuniria a única vez em que o clube do Parque São Jorge esteve perto de enfrentar o maior craque da história do país vizinho.
“Eles se recusaram a firmar um contrato no qual a presença do Maradona seria indispensável [para a realização da partida]. Os dirigentes achavam que a imagem do craque deles não podia ser colocada em um jogo em que eles não teriam certeza de que teria grande público”, disse Manoel Chaves, presidente do Nacional-AM à época e responsável pela organização da partida.
De acordo com uma reportagem da “Folha de S.Paulo” da época, o Timão foi chamado para dar mais peso à ida de Maradona e recebeu 25 mil dólares (hoje, com a correção da inflação, seriam 76,1 mil dólares).
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Campeão mundial sub-20 no ano anterior, Maradona intrigava os fãs de futebol na expectativa de conhecer a nova sensação do futebol. Em outro tempo das telecomunicações, as excursões de clubes eram a única maneira de pessoas de fora da Argentina vê-lo jogar - ou esperar a Copa do Mundo.
Ele, no entanto, precisou cumprir um acordo comercial com a Puma, sua patrocinadora, na Alemanha, onde foi para gravar uns comerciais. Para chegar a tempo do jogo, ele teria de encarar pouco mais de 14 horas de voo numa escala bastante cansativa: Frankfurt, Paris, Manaus, algo que acabou vetado pelo Argentinos Juniors.
Naquela altura, porém, Sócrates era um nome tão pesado quanto o de Diego para o público local. Autor do gol da partida, Gil deixou claro que, em dezembro de 1980, o Doutor era muito superior ao adversário.
"Até por isso os jornais promoveram o jogo em Manaus como Sócrates x Maradona. Alguns jornalistas queriam fazer essa comparação, mas não dava. O Sócrates já era um nome, o grande jogador que o Brasil viu na Copa de 1982. O Maradona ainda era chamado só de Diego e muitos jogadores do Corinthians nem sabiam quem ele era", assegurou.
