Roberto de Andrade relembra impasse em renovação com Guerrero: 'A exigência era uma loucura'
18 mil visualizações 79 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Roberto de Andrade voltou ao Corinthians no último dia 4 de janeiro, como diretor de futebol na gestão de Duilio. Antes disso, em 2015, o diretor havia assumido a presidência com um grande desafio: renovar com Paolo Guerrero.
Em entrevista à TV oficial do Corinthians, o diretor de futebol relembrou o impasse com o jogador. Roberto de Andrade classificou como "loucura" o pedido do peruano e explicou como chegou a decisão por não renovar o contrato com um dos jogadores mais queridos pela torcida.
"O Guerrero era um atleta que fez o gol do Mundial, um dos maiores goleadores da década do Corinthians, e era uma pressão vinda de torcedor, que tínhamos que renovar a qualquer custo. Naquele momento, nós não poderíamos fazer isso. Era uma loucura. O dinheiro exigido por ele, pelo prazo de contrato que ele queria, era uma coisa que não dava", recordou o diretor.
"Não era que ele não merecesse, não é isso. Ele merecia, mas se eu fizesse um acordo com aqueles números com ele, e o resto do elenco? Não é um esporte individual, você tem 30 pessoas aqui. O que se faz para um, tem que mostrar a mesma vontade para outro. Não adianta um só. Eu refleti bastante, não foi fácil a decisão de deixar um Guerrero ir embora", completou Roberto de Andrade.
Notícias relacionadas
"Estamos falando de um líder, de um goleador. Qual time não quer um goleador? Se eu falo que não vou renovar com m Guerrero, vão falar que eu estou louco, mas se eu falo que ele está pedindo X milhões, você vai falar que eu tenho razão", apontou.
Com a saída do peruano, o Corinthians passou buscar outro nome no mercado para suprir a perda. Foi então que a diretoria optou pela contratação de Vagner Love que, mais tarde, naquele mesmo ano, teria importante colaboração na conquista do Brasileirão de 2015.
"Trouxemos o Vagner Love. Ele demorou um pouquinho para começar ter ritmo de jogo, mas chegamos no título. Teve gente falando que era sorte. Eu não acho que foi sorte, foi trabalho, trouxemos a pessoa certa, que nos ajudou muito e ganhamos o título. Então são coisas que passa desapercebido para muitos, mas é uma situação delicada de resolver", finalizou o diretor.