Mancini explica escalação, ideias nas substituições e cobra Corinthians: 'Faltou muita coisa'
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Por Rodrigo Vessoni e Tomás Rosolino
O técnico do Corinthians, Vagner Mancini, deu na noite desta segunda-feira mais uma entrevista tentando achar motivos para o fato de o clube, depois de uma grande atuação, ser dominado no jogo seguinte. Para o treinador, que explicou as opções pelo titulares e os reservas escolhidos, o time não conseguiu se achar em campo no primeiro tempo.
"Opção pelos volantes vai da estratégia. Hoje era uma equipe veloz, de transição, que chega bem no contra-ataque e volta rápido. Teríamos que ter uma atividade física intensa. O gol aos dois minutos atrapalha tudo da estratégia, tivemos que mudar, adiantar a marcação, e o quadrado central sofreu. Jô, Cazares, Ramiro e Gabriel. Abrimos o quadrado e ai você toma bola entre linha toda hora, zagueiros e meias deles chegavam. Isso foi determinante para o jogo", avaliou, reconhecendo que a ideia era mais volta à marcação do que à armação.
"A estratégia em cima de Claudinho e Artur era para não deixar a bola chegar, diminuir o espaço. Por isso a opção da dupla de volantes, que tem forte poder de marcação, e foi a dupla que nos estabilizou naquela sequencia de quatro jogos. Quero ser o mais justo possível, tenho boas opções, mas não posso esquecer o que eles fizeram", relembrou Mancini.
Depois de iniciar a partida com Gabriel e Ramiro na proteção da zaga e ver o adversário ir para o intervalo ganhando por 2 a 0, Mancini promoveu algumas alterações no intervalo. Entraram Léo Natel e Otero logo de cara e, minutos depois, Luan e Everaldo completaram a troca do quarteto ofensivo.
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"Pelas substituições, era pra voltar mais agressivo, com mais força em campo. O que eu vi no primeiro tempo foi um adversário nos surpreendendo, marcação adiantada e assim tomamos o gol. Semelhante ao do Palmeiras, mas hoje diferente. O jogo teve característica diferente, a equipe deles está encaixada, jogadores rápidos. Isso fez nossa estratégia ser neutralizar algumas peças e tentar pela velocidade equilibrar o jogo, mas não aconteceu no primeiro tempo, por isso Otero e Natel, ter mais corpo em campo", avaliou, elencando uma série de fatores.
"Sabemos onde erramos, faltou concentração, boa leitura de jogo, ainda tinha o físico, e na saída de bola tomamos gol com dois minutos e ai você tem que abrir mais, marcar adiantado. Marcação também teve que mudar, tivemos que adiantar Jô e Cazares para ter marcação alta e o meio campo ficou aberto, nossa equipe teve marcação instável", observou.
Mancini ainda deixou claro que não considera o seu time como uma equipe que demonstra falta de repertório quando colocada em dificuldade. Para ele, o que mais se viu foi uma lentidão para encarar o que propunha o duelo.
"Nós tentamos de todas as formas na segunda etapa, mudamos equipe, ficamos com um volante, colocamos velocidade. Na minha ótica faltou velocidade, sim, eles desarticularam nosso sistema de marcação e tínhamos que ter além de bola agressividade. melhoramos na segunda etapa, não fizemos um bom jogo, mas equilibramos fisicamente, concentração também. Segundo tempo foi outro jogo. No primeiro não foi legal. Hoje faltou muita coisa que sabemos, reconheço que não fomos bem. Nossa estratégia teve que ser modificada pelo gol cedo, tivemos que nos expor, e uma equipe bem montada, confiante e que já vencia, as coisas fica ainda mais difíceis. Eles mereceram a vitória, jogaram melhor, fora donos das principais ações do jogo, e nós tivemos que correr atrás do resultado. Assim os erros aparecem", concluiu.