Análise: Corinthians trava o Internacional, mas faz de tudo para tirar o interesse da torcida
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians fez até um bom jogo dentro de campo, mostrou-se organizado e contou com outra boa atuação da dupla Jemerson e Gil. Jô também teve um desempenho aceitável no comando do ataque e Cássio fez seu melhor jogo do segundo turno. De resto, a equipe e o técnico Vagner Mancini fizeram de tudo para tirar o interesse da torcida no jogo.
Além de uma escalação que não se explicava pela proposta apresentada, o Timão ainda viu o adversário dar muito espaço para si nos contra-ataques, mas uma formação com Otero e Roni era claramente incapaz de ameaçar na velocidade. Dessa forma, o primeiro tempo praticamente passou sem grandes ocorrências.
Cazares, que normalmente vem sendo a grande estrela da companhia, pareceu desconcentrado e também errou muitos passes na construção do jogo. Em uma noite mais inspirada, talvez, pudesse ter achado até os companheiros não tão rápidos em melhor condição.
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A ideia de tirar o título do Internacional parecia clara para os jogadores do Corinthians, mas a de ganhar o jogo não pareceu permear o elenco. Pouco intenso na hora de atacar, o Timão se preocupou sempre com a recomposição defensiva para travar as chances de contra-ataque dos adversários.
Para piorar, no segundo tempo, quando Mancini podia animar o torcedor e mandar a campo a garotada, quem entrou foi a turma de sempre. Mateus Vital, que teve até jornada razoável, Léo Natel, Camacho, Xavier e, pasmem, Marllon foram os escolhidos para entrar. Gabriel Pereira, Matheus Araújo e Cauê, aparentemente, não serviam para isso.
Sem qualquer ímpeto de vencer, o Corinthians ainda fez cera na reta final da partida de maneira inexplicável, defendendo o 12º lugar na competição com unhas e dentes sem buscar o triunfo. Contou com Cássio para, ao menos, não levar gols.