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Decisivo, leal e competitivo: alvo do Corinthians, Diego Aguirre preza por organização e dedicação

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Aguirre no estádio do Maracanã, em 2018, seu último trabalho no Brasil

Aguirre no estádio do Maracanã, em 2018, seu último trabalho no Brasil

Imago by Getty Images

Diego Aguirre não é um nome novo no mercado de treinador, principalmente no Brasil, mas, assim como seus times, tem poder de competir com os nomes mais falados pelo posto de técnico do Corinthians. Clube e profissional já entraram em contato e há otimismo de ambas as partes sobre um negócio.

Dono de uma ideia de jogo que preza por uma formação de organização defensiva e estilo direto, apostando na definição rápida das jogadas quando tem a bola no seu pé, Aguirre oferece ao Corinthians o que a diretoria espera do time em meio a uma reorganização financeira: poder de competição e capacidade de decisão - assista ao fim dessa matéria um vídeo projetando como jogaria o Timão com o técnico uruguaio e outros nomes.

A primeira parte será descrita nos parágrafos seguintes, mas a segunda merece nota inicial por remeter a um Aguirre ainda jogador. Foi dele, já na prorrogação, o gol do título da última Libertadores do Peñarol, em 1987, contra o América de Cali. Mesmo sem uma carreira brilhante, tem esse ponto alto para chamar de seu - e marcado na história de um grande do continente.

Centroavante de raça e bastante luta, Aguirre tornou-se um técnico que prioriza a organização defensiva antes de pensar em um ataque frutífero. A ideia é tomar o menor número de gols possível para, dessa forma, estar sempre a apenas um gol de conquistar a vitória sobre o seu adversário.

Foi assim que, com um time bem mediano do mesmo Peñarol, alcançou a final da Libertadores de 2011. Depois de levar duas goleadas na fase de grupos, conseguiu avançar com vitórias na contagem mínima e uma combinação de resultados. No mata-mata, surpreendeu favoritos e só parou no Santos de Neymar.

A campanha o credenciou a trabalhar no Qatar, onde ganhou quatro títulos pelo Al-Rayyan antes de voltar à América do Sul para comandar um Internacional que tinha como um dos destaques o meia Alex, hoje coordenador do sub-23 do Corinthians. Com Alisson no gol, Aguirre foi campeão gaúcho e alcançou a semifinal da Libertadores.

Apesar dos bons momentos, acabou demitido no meio do Brasileiro com uma campanha mediana (décimo colocado), em agosto de 2015. Meses depois, um dia antes do fim do torneio, foi anunciado seu novo desafio: seria técnico do Atlético-MG, vice-campeão brasileiro, na busca pelo título da Libertadores de 2016.

Aguirre foi técnico de um estrelado Atlético-MG em 2016

Aguirre foi técnico de um estrelado Atlético-MG em 2016

Imago by Getty Images

No time mineiro teve a oportunidade de comandar nomes como o meia Cazares e começou bem o ano ao ter boas exibições na Florida Cup, derrotando o próprio Corinthians e o Schalke 04, da Alemanha. Fez a quarta melhor campanha da Libertadores, mas uma derrota para o América-MG na final do Estadual começou a desandar seu caminho.

Vencedor nas oitavas de final da Libertadores, contra o Racing-ARG, acabou eliminado nas quartas pelo São Paulo, pedindo demissão logo na sequência. Assim como no Internacional, o trabalho não fazia o torcedor suspirar, mas a mudança foi inesperada - e até hoje sua passagem é elogiada.

No ano seguinte assumiu o San Lorenzo, um grande da Argentina, e mais uma vez conseguiu avançar no mata-mata da Libertadores - na fase de grupos, seu time eliminou o Flamengo com um gol no último minuto do jogo (veja o vídeo e a vibração de Aguirre ao final). Depois de avançar nos pênaltis nas oitavas, porém, acabou caindo outra vez nas quartas.

A passagem pela Argentina foi o penúltimo trabalho marcante de Aguirre, já que sua trajetória no São Paulo de 2018 é o que está mais fresco na memória de qualquer pessoa que acompanhe futebol no país. No rival, ajeitou um time que havia brigado contra o rebaixamento em 2017 e sofreu um duro golpe justo frente ao Timão, caindo na semifinal do Paulista na Neo Química Arena com gol direito a gol de Rodriguinho, nos acréscimos.

Foi nesse mata-mata, aliás, que Aguirre co-protagonizou uma passagem marcante de Fábio Carille no clube do Parque São Jorge. O então treinador corinthiano ficou incomodado porque o uruguaio não o cumprimentou no jogo de ida, no Morumbi. A partir daí, os grupos de Whatsapp foram inundados com memes de Carille pedindo um "bom dia" aos integrantes.

Depois da dura derrota para si e da doce vitória corinthiana, Aguirre partiria para uma grande campanha com um São Paulo de qualidade também apenas razoável. Seu ataque, por exemplo, tinha como opções Rojas, Éverton, Nenê e Diego Souza, além de Trellez como seu primeiro reserva.

Um dos vários memes eternizados após a pequena rusga entre Aguirre e Carille

Um dos vários memes eternizados após a pequena rusga entre Aguirre e Carille

Reprodução

Mesmo assim, fez um grande primeiro turno, conquistando 41 pontos, fechando a metade inicial na liderança. O problema foi que, com um Palmeiras galopante na sua cola, não conseguiu repetir o desempenho na segunda metade, somando apenas 17 pontos em 14 jogos.

Curiosamente, Aguirre encerrou sua passagem ao empatar com o Corinthians de Jair Ventura na Neo Química Arena, jogo em que praticamente ficou impossível a disputa pelo Brasileiro. Sem ele, o São Paulo jogou mais cinco jogos e terminou na quinta colocação do torneio nacional.

A saída foi tão inesperada que Aguirre só comentou a decisão um ano e meio depois, em maio de 2020, quando estava novamente no Al-Rayyan. "Estava machucado então não quis dizer coisas das quais poderia me arrepender", resumiu o uruguaio, dando um exemplo da lealdade que tanto preza nas suas equipes.

Aguirre, Eduardo Domínguez e Fernando Lázaro: como jogaria o Corinthians?

Veja mais em: Técnicos do Corinthians e Mercado da bola.

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