Corinthians eliminou São Paulo em primeiro mata-mata internacional dos rivais há 65 anos
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians venceu um mata-mata internacional contra o São Paulo muito antes de as equipes se encontrarem pelas competições Conmebol. Ainda nos anos 50, talvez no último ato memorável de um dos melhores times da história do clube, o Timão eliminou o rival na Taça do Atlântico de Clubes.
Considerado um dos torneios embrionários das competições continentais, que começariam oficialmente quatro anos depois, com a disputa da Taça Libertadores da América, o embate reuniu cinco grandes clubes de Brasil, Argentina e Uruguai, as três grandes potências sul-americanas da época - e até hoje.
O confronto entre o clube do Parque São Jorge e o rival do Morumbi foi no dia 7 de julho de 1956, no Pacaembu, pela semifinal da competição. Os corinthianos haviam eliminado o Danúbio-URU e o Santos, enquanto os são-paulinos tinham passado por Nacional-URU e America.
Em campo, de acordo com relato da Folha de S. Paulo à época, o primeiro tempo foi bastante equilibrado. O Timão não tinha Gylmar e Luizinho, ambos a serviço da Seleção Brasileira para a disputa da Copa do Atlântico de Seleções, mas conseguiu com uma mudança ir para cima do adversário: Carbone, substituto de Baltazar no intervalo.
Em dois minutos, Mauro Ramos de Oliveira, que seria capitão da Seleção no segundo título mundial, em 1962, tentou driblar Carbone e foi desarmado. O corinthiano invadiu a área e deu para Zezé abrir o placar. Logo na sequência, Rafael fez boa jogada e deu para Claudio anotar o 2 a 0, definindo-se como artilheiro da competição.
Uma pena para o Corinthians que, por falta de conciliação de datas, a final contra o Boca Juniors nunca tenha sido realizada. Fica na memória, porém, que a dominância contra o São Paulo data de bem antes dos anos 90.