Presidente do Corinthians explica demissão de Sylvinho e fala em portas abertas para o técnico
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Por Meu Timão

Duilio contou o motivo para a demissão de Sylvinho e ainda falou sobre portas abertas para o técnico no futuro
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
A demissão de Sylvinho do cargo de técnico do Corinthians está prestes a completar uma semana. Com isso, o presidente do clube Duilio Monteiro Alves falou pela primeira vez sobre o assunto, explicando os motivos do desligamento e avaliando a decisão de manter o treinador de 2021 para 2022.
"Eu nunca vi a torcida criticar algum jogador ou treinador durante o jogo em toda a minha vida. A torcida do Corinthians apoia os 90 minutos e depois pode xingar, criticar, protestar, isso é normal. Mas durante o jogo nunca vi. Isso foi uma coisa que me chamou muito a atenção e foge da pressão das redes sociais. Fora todo o resto, programas de televisão, analistas, comentaristas, torcedores, conselheiros, geral...", disse o mandatário no programa "Grande Círculo", do SporTV.
"Tomou uma proporção que nunca vi no futebol. Foi até por isso a decisão. Não era mais algo saudável para o Sylvio, para o dia a dia dele", disse o presidente.
As vaias e críticas da torcida citadas por Duilio aconteceram durante a partida contra o Santos. O descontentamento da Fiel com o agora ex-treinador se agravou depois da virada sofrida no segundo tempo do clássico, resultando no placar de 2 a 1 para o time da Baixada.
"No futuro, as pessoas vão ver que eu estava acreditando. Sylvinho vem se preparando há anos. Existe chance de um retorno ao Corinthians, sim, sempre. A porta está aberta. Ele é um ídolo. Sabemos como as coisas são. Já vi Tite indo e voltando, Mano Menezes...", declarou o presidente do Timão.
Durante a conversa, Duilio ainda avaliou a escolha de manter Sylvinho em 2022. Esta decisão tomada pela diretoria corinthiana foi intensamente criticada pela Fiel, que pedia a troca de comando do time antes mesmo da reta final do Brasileirão.
"Não consigo pensar em termos de arrependimento, mas isso ainda fica... Se errei, se erramos ali na decisão. Não de trazê-lo, mas de segurar de uma temporada para outra. Já que essa pressão já existia. Não desse tamanho, mas já existia. A gente acreditava no trabalho, assim como na relação com os atletas. Eram sinais do dia a dia, gostavam demais do dia a dia, do treino. Foi uma decisão, e até conversei com ele sobre isso, até pensando na história dele. Tem uma história no clube. O vejo com um grande futuro como treinador pela frente. Pelo que conheço de futebol, acho que ainda vamos ver ele dando certo em muitos clubes, e espero que no Corinthians também no futuro", analisou.
Por fim, o dirigente comentou sobre a pressão nas redes sociais. Para ele, essa situação não o preocupa e não é um fator decisivo para suas tomadas de decisões.
"Primeiro, a pressão não me preocupa. Falo de modo geral do ambiente, do clube, atletas, funcionários, o trabalho do dia a dia. Tive pressão diária, manifestações quase que diárias. Nasci aqui. Para estar aqui, não posso reclamar. Não é isso que vai me fazer tomar uma decisão. Lógico que você tem que ter um monte de observações, informações, estar lá no dia a dia, e isso eu faço", encerrou.
Sylvinho deixou o time da Zona Leste com 48,06% de aproveitamento. Em retrospecto, foram 16 vitórias, 14 empates e 13 derrotas. Na busca de um novo comandante, o clube enfrenta obstáculos na busca de um técnico estrangeiro, principalmente da escola portuguesa.
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