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Confira 11 curiosidades sobre os 11 títulos do Corinthians Feminino

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No último domingo, o Corinthians Feminino conquistou seu 11º título desde a reativação da modalidade, em 2016

No último domingo, o Corinthians Feminino conquistou seu 11º título desde a reativação da modalidade, em 2016

Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians

O Corinthians Feminino conquistou seu 11º título no último domingo ao vencer o Grêmio, por 1 a 0, na Neo Química Arena, e garantir a Supercopa do Brasil. Assim como todas as outras, a conquista da taça teve suas particularidades e momentos históricos.

O Meu Timão fez um levantamento de curiosidades sobre as 11 conquistas da equipe comandada por Arthur Elias desde 2016, ano da reativação da modalidade no clube. Abaixo, você confere uma a uma!

Copa do Brasil (2016): primeiro título e última edição

Em parceria com o Audax Osasco, o Corinthians reativou o futebol feminino em 2016. No mesmo ano, a equipe conquistou seu primeiro título: a Copa do Brasil. O ano em que o Timão conquistou a taça foi também o ano da última edição do campeonato. Depois disso, a CBF extinguiu a competição.

O Corinthians disputou dez jogos pela competição. Foram seis vitórias, três empates e uma derrota, com 26 gols marcados e oito sofridos. O aproveitamento da equipe foi de 70%.

Libertadores (2017): superação na final

O Corinthians vinha de um vice-campeonato Brasileiro e uma eliminação nas semifinais do Paulistão daquela temporada. Como não poderia ser diferente, o primeiro título continental também foi com emoção.

A equipe do Parque São Jorge começou a partida pressionando o Colo-Colo e, ainda no primeiro tempo, viu uma jogadora adversária colocar a mão na bola, dentro da área, em duas oportunidades. A arbitragem não assinalou pênalti para as Brabas. No segundo tempo, o mesmo fato voltou ocorrer em uma ocasião.

Para piorar, o Timão ainda viu Raquel ser expulsa injustamente. Ao passar pela corinthiana, uma jogadora do Colo-Colo simulou ter levado um golpe e a arbitragem acabou expulsando a atleta. Sem gols, a decisão foi para os pênaltis. E foi ai que um dos principais destaques da Libertadores 2017, a goleira Lelê, brilhou. A arqueira defendeu duas cobranças de pênalti e, assim, ajudou o Corinthians a conquistar a América pela primeira vez.

Brasileiro (2018): primeiro título pós-parceria

A conquista do Campeonato Brasileiro em 2018 foi a primeira sem a parceria com o Osasco Audax. Segundo nota publicada pelo clube na época, "em um acordo entre as duas diretorias, foi decidido pela não renovação do vínculo".

Naquela temporada, o elenco de Arthur Elias disputou 20 jogos pelo campeonato nacional. Foram 15 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, com 47 gols marcados e 12 sofridos.

Vale lembrar que, mais tarde naquele ano, a Conmebol confirmou a exigência de que os times que não mantivessem um elenco feminino, não poderiam participar de competições como a Libertadores e Sul-Americana a partir de 2019.

Libertadores (2019): título invicto em meio à crise política no Equador

A campanha do bicampeonato da Libertadores Feminina foi irretocável dentro de campo. A equipe venceu a competição de forma invicta, com 16 gols marcados e quatro sofridos. Mas a campanha teve uma peculiaridade: o Equador, país sede da disputa, passava por uma crise política e as corinthianas foram afetadas por ela.

O Corinthians enfrentou problemas de logística no início de sua estadia no país. O clima ficou ainda mais tenso justamente nas primeiras semanas da delegação no local. O motivo foi um aumento no preço dos combustíveis confirmado pelo governo equatoriano. Como consequência, a população passou a realizar diversos protestos.

Jogadoras, comissão e estafe do Corinthians foram proibidos de sair do hotel pela polícia do Equador. Por motivos de segurança, a delegação não poderia treinar e, inclusive, precisou mudar de hotel pelo mesmo motivo.

A crise política ainda fez com que a estreia do Corinthians na Libertadores fosse adiada, já que as autoridades não puderam garantir a segurança necessária para realização da partida. A Libertadores chegou a ser paralisada.

Paulista (2019): primeiro recorde de público no futebol feminino

O Campeonato Paulista de 2019 foi a primeira conquista estadual do Corinthians Feminino. Mas o título não ficou marcado somente isso: na grande decisão, a Fiel bateu o maior público em jogos de clube no futebol feminino brasileiro.

Na ocasião, 28.862 torcedores compareceram à Neo Química Arena. A fato emocionou, inclusive, as jogadoras adversárias. A lateral Jajá, do São Paulo, chorou e declarou ao SporTV que "independente de ser São Paulo, de ser Corinthians, hoje eu posso dizer que o futebol feminino lota estádio. Foi bonito, foi maravilhoso, emocionante ver a torcida do Corinthians apoiando o futebol feminino".

Vale lembrar que o Corinthians teve 100% de aproveitamento no Paulistão 2019. Foram 20 jogos com 20 vitórias. A equipe marcou 67 gols e sofreu apenas sete.

Brasileiro (2020): primeiro título após profissionalização do time

O sexto título a entrar na sala de troféus do Corinthians Feminino foi o Brasileirão de 2020. Dentro de campo, foram 21 partidas jogadas: 18 vitórias, dois empates e uma derrota, com 57 gols marcados e dez sofridos. Fora das quatro linhas, esta foi a primeira conquista a ser erguida após a profissionalização do futebol feminino no Timão.

Em janeiro de 2020, o Corinthians passou a profissionalizar os contratos de todo elenco feminino, assim os vínculos passaram a ter semelhança com os que são feitos no masculino. A partir desta decisão, as jogadoras passaram a ter garantias e benefícios como o regime CLT, direito de imagem e multa rescisória.

Paulista (2020): maior média de gols do Corinthians Feminino em uma conquista estadual

Apesar da melhor campanha do Corinthians em estaduais ter acontecido em 2019, o Paulistão Feminino de 2020 também se destaca por um fator: durante a disputa, o Timão teve a maior média de gols por jogo em estaduais.

Em 2019, foram 20 jogos disputados com 67 gols marcados. Uma média de 3.35 gols por partida. Já em 2020, foram 41 tentos em 11 jogos - uma média de 3.73 gols por jogo. Ainda vale destacar que, em 2021, quando o Timão ergueu o tricampeonato, foram 15 jogos com 55 gols assinalados. A média foi 3.67 tentos por confronto.

Brasileiro (2021): atacante no gol e Fiel fora do estádio

A campanha do tricampeonato brasileiro chamou a atenção por diversos fatores. Um deles foi a necessidade da ex-atacante do Corinthians, Giovanna Crivelari, precisar assumir o gol da equipe em uma das partidas.

O fato ocorreu ainda pela primeira fase, na partida contra o Botafogo. O Timão vencia o duelo por 3 a 1 e o técnico Arthur Elias já tinha feito todas as alterações possíveis quando a goleira Tainá se lesionou.

Ao tentar dar um passe jogando adiantada, como prevê o estilo de jogo do treinador, a goleira sentiu o joelho em um lance sozinha - mais tarde, foi confirmada a ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho. Assim, Gi Crivelari, que havia iniciado a partida como titular, foi a escolhida para ir para gol.

"(Posso jogar) em qualquer posição. Acontece, futebol é assim, a gente já tinha as cinco trocas feitas. O Arthur me chamou de canto, me pediu. Eu tomei um susto, mas estou aqui para ajudar. Ainda consegui uma defesa, mas nunca tinha jogado no gol. O importante é que conseguimos a vitória", comentou a jogadora em entrevista para a Band ao fim do duelo.

Outro ponto de destaque na campanha do título foi protagonizado pela torcida do Timão. Sem poder comparecer ao estádio em razão da pandemia de Covid-19, a Fiel fez um vídeo em homenagem ao elenco feminino antes da grande decisão contra o Palmeiras.

Libertadores (2021): luta contra o racismo e melhor campanha do Timão no torneio

Em novembro de 2021, o Corinthians conquistou o segundo tricampeonato do ano ao levantar a taça da Libertadores. A campanha ficou marcada como a melhor da equipe do Parque São Jorge na história do torneio.

Dos seis jogos disputados entre fase de grupos, semifinal e final, o Timão venceu todos. Foram 24 gols marcados e apenas dois sofridos em toda a disputa. Mas nem tudo são flores. A semifinal da Libertadores foi marcada por um episódio lamentável: a atacante Adriana foi vítima de racismo no duelo contra o Nacional, do Uruguai.

A equipe alvinegra já goleava as adversárias por 5 a 0 aos 28 do segundo tempo, quando Adriana marcou o sexto gol de pênalti para o Timão. Pouco após a cobrança, a transmissão focou em Vic Albuquerque, que estava chorando. Após o princípio de confusão gerado, o clube se posicionou nas redes sociais explicando que a camisa 17 tinha ouvido uma adversária se referir a Adriana como "macaca".

Arthur Elias sentiu a necessidade de tirar Vic e Adriana de campo. Os dois gols marcados pelo Corinthians na sequência foram comemorados pelo elenco com os punhos erguidos no ar - um símbolo da luta contra o racismo. A partida terminou em 8 a 0.

Vale lembrar que, até hoje, a Conmebol não se posicionou sobre o assunto.

Paulista (2021): Tríplice Coroa e novo recorde de público

O ano de 2021 foi o ano dos "tris" para o Corinthians de Arthur Elias. Depois de erguer os tricampeonatos do Brasileiro e da Libertadores, o técnico corinthiano e sua comissão conduziram as Brabas para o tricampeonato Paulista.

A decisão foi uma reedição da final de 2019, também contra o São Paulo, na Neo Química Arena. Não somente isso, a última partida também teve recorde de público: dessa vez, 30.077 corinthianos estiveram no estádio para ver o Timão reverter a derrota por 1 a 0 no jogo de ida em uma vitória por 3 a 1.

Além das marcas atingidas acima, o Corinthians Feminino também conquistou um feito inédito: a equipe alvinegra conquistou a primeira Tríplice Coroa da história do futebol de mulheres.

Supercopa (2022): estreia da base e torcida "pagando para ver"

A mais recente conquista do Corinthians foi a Supercopa Feminina. Em 2022, a competição foi disputada pela primeira vez na história e o Timão despachou Palmeiras e Real Brasília para vencer o Grêmio na grande decisão.

Além de ter se sagrado o primeiro campeão do torneio, o Corinthians fez história ao promover a estreia da atacante Ellen. A jogadora foi a primeira atleta da base a estrear pela equipe profissional - além dela, vale destacar, a goleira Rillary também esteve com o grupo, mas não chegou a atuar.

Outro ponto a ser destacado é que a competição, de tiro curto e em formato mata-mata não teve premiação em dinheiro. Mas teve um saldo positivo: foi a primeira em que o Corinthians cobrou ingressos para que a torcida estivesse no estádio para ver o time feminino. Os valores variaram de R$20 a R$40 e quase 14 mil pessoas acompanharam o Dérbi Feminino, enquanto cerca de 20 mil estiveram na final.

Veja mais em: Corinthians Feminino e Títulos do Corinthians Feminino.

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