Análise: não se pode exigir desse Corinthians nada além do que se viu nesta terça
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians foi heroico na noite desta terça-feira. Jogou com oito desfalques, perdeu seus dois melhores jogadores durante a partida e terminou o jogo com três zagueiros, três laterais, um volante, um meia e dois atacantes. Ainda assim, teve três chances claríssimas de gol e perdeu um pênalti no 0 a 0 contra o Boca Juniors.
Ignorar todo o contexto ao se falar da partida, que contou com duas grandes defesas de Cássio, é ser desonesto. Um resumo: dos reforços importantes desde o ano passado, foram mais desfalques (Rafael Ramos, Maycon, Paulinho e Renato Augusto) do que presentes (Willian, Giuliano e Róger Guedes).
Coloca-se também no contexto a péssima arbitragem - mais uma - favorecendo o Boca Juniors. Tobar marcou um pênalti óbvio que o VAR apontaria tranquilamente e inverteu pelo menos 12 marcações a favor dos argentinos, de laterais a faltas que não seguiam o mesmo critério. Em uma delas, aliás, Willian machucou seu ombro direito. Em outras, o Boca teve suas melhores chances.
A escalação inicial teve cinco jovens jogando a sua primeira Libertadores da vida, Roni atuando pela primeira vez no profissional como primeiro volante e Fagner sendo praticamente um terceiro zagueiro, ajudando a marcar Villa.
A estratégia deu muito certo. Villa foi anulado por Fagner e Mantuan combinou bem com Adson para atacar pela esquerda. Willian foi o que se esperava dele, correu o campo todo, se tornou o desafogo da equipe e participou das principais jogadas.
As críticas que merecem ser feitas têm alvos óbvios: Róger Guedes, que não jogou bem e ainda perdeu o pênalti, e a falta de definição em lances tão claros quanto os de Giuliano e Adson, ambos de frente para o gol adversário, sem marcação.
Por todo o contexto, sair de campo com um 0 a 0 perdendo um pênalti, ou seja, com clara chance de ganhar, é o máximo que podia se esperar dessa equipe. O resultado não é dos melhores e o time vai sofrer na Bombonera, mas não havia muito mais o que fazer.